Justiça Eleitoral do AM apresenta nova urna eletrônica que será usada nas eleições 2022
13 de dezembro de 2021
Urna eletrônica apresentada nesta segunda-feira, 13. (Divulgação)
Com informações da assessoria
MANAUS – O Brasil é pioneiro no mundo na utilização de um sistema eletrônico de votação, adotado no País desde 1996. Implementada com o objetivo de eliminar fraudes e limitar a intervenção humana durante o processo de voto, a urna eletrônica brasileira tem passado por constantes processos de aperfeiçoamento e melhorias. Agora, a Justiça Eleitoral apresenta a urna eletrônica modelo 2020 (UE 2020), que será utilizada pela primeira vez nas Eleições Gerais de 2022. O equipamento é mais moderno e trará ainda mais segurança e recursos de acessibilidade.
Nesta segunda-feira, 12, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso; o presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM), desembargador Wellington Araújo, e o vice-presidente do TRE-AM, desembargador Jorge Lins, visitaram, no Polo Industrial de Manaus, a unidade onde estão sendo fabricadas parte das urnas eletrônicas que serão utilizadas pela Justiça Eleitoral nas eleições de 2022.
Ministro Luiz Roberto Barroso visitou fábrica de urnas em Manaus com comitiva da Justiça Eleitora. (Divulgação)
A votação eletrônica começou no Brasil em 1996. Desde então, a Justiça Eleitoral também adquiriu urnas nos anos de 1998, 2000, 2002, 2004, 2006, 2008, 2009, 2010, 2011, 2013, 2015 e 2020. Para as próximas eleições, serão utilizadas urnas de 2009 adiante. Atualmente, o País tem um parque eletrônico estimado de 577.125 equipamentos, distribuídos da seguinte forma:
MODELO
QUANTIDADE
UE 2009
73.284
UE 2010
117.817
UE 2011
34.998
UE 2013
30.142
UE 2015
95.885
UE 2020
224.999
TOTAL:
577.125
Continuamente atualizada e modernizada, em 2009, a urna passou a contar com uma importante evolução tecnológica: a introdução do hardware de segurança que implementa a cadeia de confiança do software. Essa ferramenta, presente em todos os equipamentos desde então, garante que as urnas executem somente os programas desenvolvidos e assinados digitalmente pelo TSE.
Em relação ao último modelo utilizado, de 2015, a urna eletrônica modelo 2020 passou por mudanças significativas, entre as quais se destacam:
Urna 2020
Urna 2015
Bateria do tipo Lítio Ferro-Fosfato: menos custos de conservação por não necessitarem de recarga.
Bateria de Chumbo-Ácido: maior custo de conservação por conta da recarga a cada quatro meses para não colar as placas.
Mídia de aplicação do tipo pen-drive, o que traz maior flexibilidade logística para os TREs na geração de mídias.
Cartão de memória do tipo CompactFlash, que depende de drive específico para conexão da mídia ao computador.
Expectativa de duração da bateria por toda a vida útil da urna.
A bateria precisa ser trocada, em média, a cada cinco anos.
Processador do tipo System on a Chip (SOC), 18 vezes mais rápido que o modelo 2015.
Processador Intel ATOM Z510P de 1.10GHz.
Terminal do mesário com tela totalmente gráfica, sem teclado físico, e superfície sensível ao toque.
Terminal do mesário equipado com teclas de 0 a 9, além das teclas “Confirma” e “Corrige”.
Possibilidade de inovações, tal como a maior celeridade na identificação do eleitorado; enquanto uma primeira pessoa vota, outra pode ser identificada pelo mesário. Isso poderá aumentar o número de eleitores por seção ou diminuir eventuais filas.
Necessidade de identificação de um eleitor por vez durante o processo de votação, em função do terminal do mesário.
Teclado aprimorado, com teclas com duplo fator de contato. Isso permite ao próprio teclado acusar erro, caso haja mau contato ou tecla com curto-circuito intermitente.
O teclado não continha a tecnologia do duplo fator de contato.
Inspeção dos códigos e lacração
Um ano antes das eleições, todo o sistema da urna – inclusive o código-fonte – fica à disposição de uma série de entidades fiscalizadoras para inspeção. Ao final desse prazo, na chamada lacração dos sistemas, todos os programas relacionados aos processos de preparação das urnas, votação, apuração, recuperação de dados, transporte de resultados, recepção de arquivos e gerenciamento da totalização são assinados digitalmente e lacrados.
Carga de urnas
A cerimônia de geração de mídias e cargas das urnas também é aberta às entidades fiscalizadoras. Durante o procedimento de carga, são inseridos diferentes dados nos equipamentos, como os nomes e as fotos dos candidatos, bem como as informações acerca dos eleitores de cada seção eleitoral onde as urnas serão instaladas.
Teste de Integridade
No dia da eleição, é realizado o Teste de Integridade. Para realizar o Teste, na véspera da votação, dezenas de urnas que já estavam prontas para uso são sorteadas e conduzidas para os respectivos Tribunais Regionais Eleitorais, sendo substituídas por outras.
Até a véspera do pleito, partidos políticos e diversas entidades convidadas preenchem votos em cédulas de papel, que são guardadas para serem utilizadas no processo de auditoria. Já no dia do pleito, durante o horário convencional da eleição, as cédulas preenchidas são usadas para lançar os votos na urna eletrônica e também em um sistema de apoio.
Ao final do dia, por meio do Boletim de Urna (BU) – que é o extrato emitido pela urna com todos os votos depositados no equipamento –, o resultado eletrônico é comparado com o que foi indicado nas células. Além da composição dos votos, o BU – que é assinado digitalmente e criptografado – registra a seção eleitoral e o número de eleitores que votaram. Todo o processo de auditoria do Teste de Integridade é filmado e realizado em cerimônia pública.
Verificação da integridade no dia da votação
Ainda no dia da votação, outra auditoria é feita por amostragem das urnas instaladas nas seções eleitorais. Nesse evento, são realizados os procedimentos de conferência do resumo digital e de validação da assinatura digital nos equipamentos para verificação da autenticidade e da integridade dos sistemas instalados.
Outras barreiras
Por fim, também no momento da votação, é importante destacar que a disposição das urnas nas cabines de votação é feita para dificultar ainda mais eventuais fraudes e ajudar na fiscalização, já que o eleitor tem acesso somente ao teclado e à tela da urna. As portas de conexões são protegidas com lacres feitos pela Casa da Moeda.
Além disso, diversas missões de observação monitoram as eleições brasileiras. Em 2020, foram duas: uma internacional, da Organização dos Estados Americanos (OEA), e outra nacional, da Transparência Eleitoral Brasil.
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