Lewandowski nega pedido de senadores governistas para excluir Renan Calheiros de CPI da pandemia


29 de abril de 2021
Lewandowski nega pedido de senadores governistas para excluir Renan Calheiros de CPI da pandemia
Renan já fez críticas à política do governo no enfrentamento à pandemia e é pai do governador de Alagoas, Renan Filho (MDB) (Edilson Rodrigues/Agência Senado)

Com informações do O Globo

BRASÍLIA – O ministro Ricardo Lewanowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido feito por senadores governistas para que Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Covid, fosse excluído da comissão. Lewandowski avaliou que se trata de uma questão interna do Senado, não cabendo intervenção do Judiciário.

Renan já fez críticas à política do governo no enfrentamento à pandemia e é pai do governador de Alagoas, Renan Filho (MDB). Na avaliação dos senadores governistas, ele não poderia participar da CPI porque a comissão também investiga repasses de recursos federais aos Estados.

Na avaliação de Lewandowski, “tudo indica” que a questão suscitada na ação é “um conflito de interpretação de normas regimentais do Congresso Nacional, o qual, por constituir matéria de cunho interna corporis, escapa à apreciação do Judiciário”.

O pedido havia sido feito pelos senadores Jorginho Mello (PL-SC), Eduardo Girão (Podemos-CE) e Marcos Rogério (DEM-RO), integrantes titulares da CPI. O pedido deles, se aceito, também afetaria a participação do senado Jader Barbalho (MDB-PA), membro suplente da comissão e pai do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB).

Na ação, o senadores governistas argumentam que “os partidos políticos deveriam, por óbvio, escolher Senadores sem qualquer vínculo de parentesco com Governadores e/ou Prefeitos, para garantir lisura e confiabilidade às investigações que serão implementadas. No entanto, por acordo político, consignou-se indicação de Senadores que, certamente, mesmo antes do início dos trabalhos, trarão inquietação pela relação direta com governadores, sobremaneira com filho de senadores”.

Lewandowski destacou que o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), negou pedido que impediria a participação de Renan na CPI por entender que isso é uma atividade inerente ao exercício do mandato e senador.

“Note-se que a Carta Política não esmiuçou como se deve dar a composição ou a escolha dos integrantes da comissão, nem mesmo para os relevantes encargos de Presidente, Vice-Presidente e Relator. Em outras palavras, reservou ao Legislativo a tarefa de regulamentá-la internamente, por meio do seu regimento”, diz trecho da decisão de Lewandowski.

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