Líder de Bolsonaro nega culpa do governo federal por caos na saúde e minimiza rejeição

Brasília - O relator-geral do Orçamento 2016, deputado Ricardo Barros, fala à imprensa e minimiza responsabilidade de Bolsonaro (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Com informações do Congresso em Foco

O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), acredita que o aumento da rejeição popular ao presidente Jair Bolsonaro, apontado pelo Datafolha, reflete o agravamento da pandemia devido à insatisfação das pessoas com a realidade do país no atual momento. Situação essa que, segundo Barros, poderá ser revertida com a redução no número de mortes decorrentes da covid-19 e a volta do pagamento do auxílio emergencial.

“Os números [do Datafolha] estão de acordo com o momento que estamos vivendo, com arrefecimento da pandemia. As pessoas estão mais preocupadas com a situação, aumentou o lockdown, um conjunto de insatisfações que acabam se refletindo. É do momento”, afirmou o deputado.

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Segundo o Datafolha, a rejeição a Bolsonaro cresceu de 48%, em janeiro, para 54% agora. Entre os entrevistados, 43% consideram o presidente como o principal culpado pela pandemia, que já matou 282 mil brasileiros. Governadores são considerados os responsáveis pela fase aguda da pandemia para 17% dos ouvidos, e prefeitos, por 9%.

Para Barros, é equivocada a interpretação de que o agravamento da crise é de responsabilidade de Bolsonaro ou do governo. “O crescimento da pandemia é mundial. Todos os casos estão aumentando. Todos os países estão tomando medidas duras. Não é culpa do governo, mas a insatisfação das pessoas faz elas mudarem sua avaliação. É natural que em momentos de dificuldade as pessoas mudem de opinião”, ressaltou.

De acordo com o líder do governo, a avaliação positiva de Bolsonaro e do governo deve crescer nas próximas pesquisas. “Temos de superar o momento, a covid não é ação de governo. Não era esperado que depois de um ano que a situação estivesse pior, mas que estivesse melhor. É natural essa reação”, avaliou. “Provavelmente quando o auxílio emergencial voltar, a avaliação do governo melhore. Dependerá também da crise. São pesos e contrapesos”, disse Ricardo Barros.

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