Liderança empresarial diz que demora de novo decreto é por ‘visão elitista de Guedes e equipe’

Fonte da coluna Via Brasília afirma que todos os esclarecimentos sobre a ZFM já foram passados ao ministro Paulo Guedes e equipe (Reprodução/Internet)

Horror à pobre

Liderança respeitada com assento em importantes entidades empresariais, que pediu anonimato, diz que o sentimento, no Ministério da Economia, em relação à importância da Zona Franca de Manaus, ao País, mais do que miopia, seria mesmo “horror pelos pobres”. Segundo a fonte – que tem participado de todas as reuniões com o governo e a classe política, buscando a publicação de um novo decreto que exclua os produtos da ZFM da redução em 25% do IPI, já é cristalina a compreensão dos técnicos da Economia de que o Polo Industrial arrecada R$ 20 bilhões, deixa apenas R$ 4 bilhões, no Amazonas, e manda ao governo federal R$ 16 bilhões em tributos.

Exportadores de empregos

A fonte prossegue afirmando que todos os esclarecimentos sobre a ZFM já foram passados ao ministro Paulo Guedes e equipe. “Ocorre que eles têm uma visão elitista, voltada para o próprio umbigo, só enxergam o Sudeste e o mercado internacional”, disse referindo-se às desonerações das exportações. “Estamos virando exportadores de empregos porque sai mais barato para as indústrias fechar e importar seus produtos.” Com isso, avalia a fonte, se o governo não publicar novo decreto poupando a ZFM, em menos de um ano milhares de empregos migram para outros países. “Não é burrice, é o olhar de quem só tem compromisso com o “mercado financeiro, de onde eles vêm”.

Desprezo aos trabalhadores do AM

Questionado se a demora da nova publicação do novo decreto do IPI teria a ver com ódios pessoais do presidente Jair Bolsonaro com os adversários, no Estado, a liderança empresarial argumentou que “ao querer bater nos ‘inimigos’ o governo maltrata o povo e prejudica o País”. A fonte recordou uma das muitas falas públicas de Guedes que demonstram seu “desprezo às classes menos favorecidas”, quando o ministro disse: “é melhor despejar R$ 20 bilhões em dinheiro de helicóptero, no Amazonas, do que manter a ZFM”. Mais respeito com as 500 mil famílias que dependem da ZFM para comer, ministro Paulo Guedes e equipe!

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A balança de Moraes

Atacado por Jair Bolsonaro e por seus apoiadores, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, tem dito a interlocutores que está atuando com equilíbrio e fazendo aqui o que considera correto. Especificamente no caso do Telegram, o ministro quis mostrar que fará o que for necessário para criar um ambiente saudável para as eleições. Também não inviabilizará plataformas caras, ao bolsonarismo, por suposta perseguição. A lógica de Moraes serve para parte da população que não trata os temas ligados às eleições como militante.

Sem cessar fogo

Pela lógica de Moraes, as pessoas “razoáveis” entenderão que fez parte do processo suspender o Telegram para que a plataforma cooperasse com as determinações do Tribunal Superior Eleitoral, Corte a qual o magistrado também integra. Para ele, evitar a suspensão quando ela se dispôs a cooperar deixa claro que não há revanche contra o bolsonarismo. O movimento pode ser compreendido, por parte do eleitorado, mas não o fará sair nem um milímetro da linha de tiro dos bolsonaristas. Quem garante que “não haverá cessar-fogo” por parte da milícia do gabinete do ódio do Planalto são os próprios parlamentares que integram a base aliada do governo.

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