Literatura LGBTQIA+: 8 indicações para conhecer a história e vivência de minorias

As obras mostram aspectos importantes da história e do cotidiano de pessoas LGBTQIAP+(Reprodução/ Pinterest)
Com informações do Portal IG

SÃO PAULO – Para compreender as pautas que permeiam a comunidade LGBTQIAP+, consumir conteúdos voltados para este segmento social é fundamental. Uma vez que se tem contato com as questões presentes no cotidiano e na história da comunidade , educar-se sobre o tema se torna muito mais fácil e efetivo, e os livros são uma ótima fonte. Pensando nisso, o iG Queer elaborou uma lista de recomendações de livros nacionais e internacionais que falam muito sobre a história e a vivência da comunidade LGBTQ+ . 

As indicações variam de obras acadêmicas às autobiografias e ficção. A pluralidade de abordagem é uma alternativa para quem não possui familiaridade com alguma linguagem específica, além de ser uma forma de expandir as pesquisas sobre o assunto, mostrando visões que variam desde mais expositivas às mais intimistas e literárias. 

“Devassos no paraíso: A homossexualidade no Brasil, da colônia à atualidade”, de João Silvério Trevisan

Escritor, jornalista, dramaturgo, tradutor, cineasta e defensor da comunidade LGBT, João Silvério Trevisan assumiu-se gay na época do AI-5 (Ato Institucional Número 5), em plena ditadura militar no Brasil. Durante o livro ‘Devassos no Paraíso’, o autor aborda diversos campos do conhecimento e da cultura brasileira (cinema, história, política, teatro, psicologia, direito, literatura e artes plásticas), a fim de elaborar um estudo pioneiro sobre a homoafetividade no País. O livro atravessou gerações, provocou discussões acerca da comunidade LGBT e influenciou pesquisas sobre gênero e sexualidade.

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“História do Movimento LGBT no Brasil”, de James N. Green, Renan Quinalha, Marcio Caetano e Marisa Fernandes 

O livro traça um panorama histórico-cultural dos 40 anos do movimento LGBT brasileiro. São abordadas as transições políticas, a crescente busca por cidadania, organizações da sociedade civil, elaboração da Constituição e a luta por liberdades públicas. A obra também conta como o movimento homossexual tornou-se o movimento LGBT e toca em outro ponto fundamental: a proliferação de coletivos e grupos organizados e, consequentemente, as diferentes formas de luta e conquista de direitos.

(Reprodução/ Montagem IG)

“Ditadura e homossexualidades: Repressão, Resistência e a Busca da Verdade”, organizado por James N. Green e Renan Quinalha 

O objetivo do livro é tecer uma análise interdisciplinar da relação entre a ditadura militar brasileira (1964-1985) e as diferentes formas de experiência de gênero e sexualidade contempladas no movimento LGBTQ. O centro da discussão se dá nas dificuldades que a ditadura impôs na vida dessa população e a afirmação do movimento no Brasil durante os anos 1960, 1970 e 1980. Outro viés abordado são os movimentos e ações de resistência vindos desse segmento social, que foram alvos de ações de repressão e perseguição.

“Além do Carnaval”, de James N. Green 

‘Além do Carnaval’ aborda a realidade sócio-cultural da homossexualidade masculina no País ao longo do século 20. Durante a obra, a visão estereotipada dos homens gays é questionada pelo autor, especialmente no período do Carnaval. Sustentada por uma pesquisa sólida e densa, a obra contribui de maneira grandiosa esta área negligenciada da história brasileira — a trajetória do movimento LGBTQ. 

(Reprodução/ Montagem IG)

“O quarto de Giovanni”, de James Baldwin

Publicado em 1956, é o segundo romance de James Baldwin, autor norte-americano. Com toques autobiográficos, ele conta sobre uma relação bissexual acompanhando David, um jovem americano em Paris à espera de sua namorada, Hella, que está na Espanha. Enquanto Hella considera se deve ou não casar-se com David, ele conhece Giovanni, um garçom italiano por quem se apaixona. 

“O fim de Eddy”, de Édouard Louis

Édouard Louis, autor francês, escreveu ‘O fim de Eddy’, romance autobiográfico que vai de encontro ao preconceito e conservadorismo do interior da França. De maneira cruel e sufocante, Édouard retrata a violência e amargura de uma pequena cidade interiorana de operários que contrasta com o despertar sexual do garoto, fazendo um paralelo com as experiências pessoais do autor. 

(Reprodução/ Montagem IG)

“Com amor, Simon”, de Becky Albertalli

A autora norte-americana de ficção para jovens adultos, Becky Albertalli, traz em ‘Com amor, Simon’ o questionamento de padrões impostos na sociedade com bom humor e leveza, retratando os dilemas do jovem gay no armário, Simon, de 16 anos. Ao longo da trama, ele lida com inseguranças após trocar e-mails com um garoto misterioso que se identifica como Blue. O livro foi adaptado para o cinema. 

“Azul é a cor mais quente”, de Julie Maroh

A escritora francesa de romances gráficos Julie Maroh conta em ‘Azul é a cor mais quente’ a história de Clementine, uma jovem de 15 anos que descobre o amor após conhecer Emma, uma moça de cabelos azuis. A partir do diário de Clementine, o leitor acompanha a história das duas em forma de quadrinhos, contemplando todas as suas emoções, descobertas e dramas. O livro possui adaptação para o cinema.

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