Livro infantil de escritora amazonense, Mariana Pedrett, concorre a Prêmio Jabuti 2021

A escritora amazonense Mariana dos Santos Pedrett (Divulgação)

Priscilla Peixoto – Da Cenarium

MANAUS – O livro “As Três Orelhas”, da escritora amazonense Mariana dos Santos Pedrett, 46 de anos, concorre ao Prêmio Jabuti 2021. A obra está classificada na 63ª edição do evento, que ocorre em 25 de novembro, na categoria “Literatura Infantil e Ilustração”. A programação é realizada pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) com o objetivo de premiar as melhores obras literárias do País publicadas em 2020, em categorias diversas.

“As Três Orelhas teve sua inspiração na prática diária de atendimento às crianças surdas usuárias de implante coclear e da necessidade de levar informação de forma leve e divertida sobre o funcionamento da audição não só para crianças, mas também para os adultos que os leem”, explica a escritora.

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Quanto à estrutura, a obra apresenta uma criança como narrador principal e uma personagem secundária, o gato, presente em muitas ilustrações na história. Mariana aborda ainda a audição dos gatos e dos cachorros, do envelhecimento da audição e sobre uma criança que nasce com surdez e, já na maternidade, por meio do exame da orelhinha, a falha é detectada.

Obra infantil “As Três Orelhas” (Divulgação)

Ilustração e indicação

De acordo com Mariana, a ilustração teve a participação especial da filha, Bia Pedrett, que desenvolveu o processo criativo em plena pandemia. “É um trabalho conjunto de coautoria porque Bia consegue concretizar aquilo que a autora idealizava enquanto escrevia”, diz a escritora e mãe orgulhosa.

Apesar da obra estar direcionada para um público de seis anos em diante, crianças pequenas também podem se beneficiar do texto por causa das ilustrações e da leitura dos pais. E por que não dizer que adultos também podem aprender e se divertir muito com as peripécias dos personagens?

A amazonense já produziu outra obra com uma temática semelhante. A produção acadêmica intitulada “Da fala ao discurso: análise das produções de fala de uma criança usuária de implante coclear”, conforme Mariana, compreende a aquisição da linguagem e seus estudos.

A escritora amazonense Mariana dos Santos Pedrett (Divulgação)

Não desistir é a dica

Na leitura da autora, o processo da escrita é “árduo” e precisa de refino. Ela enfatiza também que o atual cenário relacionado à produção literária no País permanece mais intenso no Sudeste no País. “É naturalmente um processo lento, deixar o material ‘descansar’ alguns dias em uma gaveta do armário é abrir possibilidades para enxergar do que não pode ser visto antes”, ressalta a profissional.

A escritora também aconselha. “Não desistir de nossas produções é uma questão importante. Eu não desisti da minha e hoje estou feliz só em participar de um prêmio como o Jabuti. Não desanimemos”, finaliza.

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