Longas filas nas eleições podem ter sido causadas pela ampliação da biometria; entenda
07 de outubro de 2022

Com informações da Folhapress
SÃO PAULO – A Justiça Eleitoral ainda não tem uma explicação conclusiva para as longas filas observadas por todo o País no 1° turno das eleições. No último domingo, 2, eleitores em diferentes Estados reclamaram da espera que durava horas e chegou a atrasar o início da apuração dos votos em algumas localidades.
Uma das hipóteses é que a ampliação do uso da identificação biométrica tenha contribuído para a demora, segundo representantes de Tribunais Regionais Eleitorais (TREs). Em 2018, longas filas também foram registradas pelo País e, à época, também houve menção à biometria como uma das causas.

Convênios de ampliação da biometria
Além do aumento do número de eleitores que tiveram a biometria coletada pela Justiça Eleitoral, uma parcela que não tinha cadastrado sua digital nos TREs, neste ano, também se identificou por meio dela.
Isso foi possível devido a um convênio do TSE com outros órgãos públicos — como o Denatran, o Departamento Nacional de Trânsito — para que o tribunal pudesse utilizar as bases de dados dessas entidades, desde que respeitadas as regras legais sobre compartilhamento de dados pessoais.
Ao todo, as digitais de 9,8 milhões de pessoas foram incluídas nas urnas junto as que já haviam sido recolhidas pelo TSE. Não houve, portanto, coleta de biometria, no domingo, apenas validação.
Os dados de biometria foram todos inseridos dentro das urnas, junto com as demais informações sobre os eleitores e candidatos. Tanto o leitor biométrico quanto a urna não são conectados à internet.