Lula anuncia Central de denúncia da PF em Manaus: ‘Não adianta brigar sobre desmatamento em Brasília’
03 de agosto de 2023
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Pricila de Assis – Da Revista Cenarium Amazônia
MANAUS (AM) – O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), anunciou, em entrevista na rádio Difusora 24h, nesta quinta-feira, 3, que vai montar em Manaus uma base da Polícia Federal (PF) para ser central de comunicação entre outros Estados do Norte. O objetivo dessa central é obter denúncias que envolvem crime organizado quanto a formação de garimpos ilegais, desmatamento e queimadas.
O presidente, que cumpre agenda em Parintins, distante 369 km de Manaus, nesta sexta-feira, 4, ressaltou a importância do diálogo entre o governo federal e as principais capitais onde ocorrem esses crimes ambientais. “Não adianta ficar brigando sobre o desmatamento daqui de Brasília, se eu não convencer os prefeitos dessas cidades que acontecem as queimadas e os desmatamentos a serem parceiros do governo”, afirma.
Lula ainda menciona que investirá em reconhecimento para as cidades que vivem essa constante crise de crimes na Amazônia. “Em vez de proibir, devemos estabelecer uma maneira de premiar as cidades e prefeitos que melhor contêm esses desmatamentos e evitam as queimadas.”, explica.
PF e ICMBio fazem operação contra crimes ambientais no Amazonas (Polícia Federal/Gov.Br)
Base da PF
A estratégia do presidente da República de criar a base da PF na capital manauara para receber todas as articulações com relação ao combate ao crime organizado ambiental é para dar agilidade e celeridade nas prisões e apreensões. “Vamos fazer uma reunião com todos os prefeitos das cidades amazônicas para discutir uma política de combater tudo o que for ilegal”, ressalta.
Além disso, Lula ainda garante que fará convênio com os países que têm fronteira com o Brasil em ação conjunta para o combate ao narcotráfico e aos madeireiros ilegais. “Precisamos mostrar que cuidar da Amazônia não é apenas cuidar da biodiversidade, do ecossistema e da água, mas também do povo“, finaliza.
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