Lula com colete em eventos abertos sinaliza que violência preocupa comando da campanha

A pré-campanha avalia que o objetivo dos atos de violência é assustar apoiadores de Lula e tentar evitar que o petista vá para as ruas (Thiago Alencar/CENARIUM)

A coordenação da campanha Lula-Alckmin confirmou que o ex-presidente usou colete à prova de balas no ato da Cinelândia, na última quinta-feira, 7, no Rio. Foi o primeiro ato aberto em espaço público da pré-campanha e mais uma vez foi registrado episódio de violência. Duas bombas de fabricação caseira foram lançadas sobre a plateia por uma pessoa que estava do lado de fora das placas que cercavam o local do evento. A equipe de Lula não comenta, mas fontes garantem que ele deve voltar a usar o colete em outros eventos. A pré-campanha avalia que o objetivo dos atos de violência é assustar apoiadores de Lula e tentar evitar que o petista vá para as ruas.

Golaço

O apoio do PSD e de Gilberto Kassab à campanha de Tarcísio de Freitas ao governo de São Paulo foi considerado pelo Planalto um “golaço” da campanha do ex-ministro da Infraestrutura de Jair Bolsonaro. Ainda que Gilberto Kassab insista em dizer que se manterá neutro em relação à campanha presidencial, a ajuda a Tarcísio beneficia o presidente. Na avaliação de um interlocutor do presidente, dará “um gás” à campanha de Tarcísio, o ajudará a subir nas pesquisas, deixando para trás o governador Rodrigo Garcia. De qualquer forma, os bolsonaristas continuarão poupando Garcia das críticas em nome do pragmatismo.

Palanque a Bivar

Falando no governador Rodrigo Garcia, a sua ida à pré-convenção do União Brasil, prevista para esse sábado deverá selar a paz entre as duas legendas já que o tucano estava sofrendo certa resistência do UB no Estado. Garcia participa do evento com o pré-candidato a presidente Luciano Bivar. Apesar de apoiar Simone Tebet, do MDB, Garcia já deixou claro que Bivar terá seu palanque em São Paulo também. Ainda falta definir, nessa chapa, quem será o candidato ao Senado.

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Pacote de bondades adiado

Apesar de o governo não ter conseguido votar nesta semana a PEC da Bondade, a semana foi considerada pelo Planalto e a equipe de campanha como “muito positiva”. As pesquisas trouxeram dados considerados bons, como a redução da rejeição ao presidente Bolsonaro no Nordeste e no Sudeste. Também houve melhora da aceitação do presidente entre o público feminino, mesmo com as denúncias de assédio pelo ex-presidente da Caixa, Pedro Guimarães. E parcela da população reconheceu que Bolsonaro está tentando resolver o problema dos preços altos dos combustíveis e que está tendo sucesso nessa batalha.

Indecisos

Outra avaliação do Planalto é que essa percepção tem chances de se transformar em votos entre os indecisos. O alívio para o Planalto e para a campanha veio depois de duas semanas de sufoco. Primeiro, com a prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro e com a tentativa de envolver o presidente nas denúncias. Depois, com o escândalo de Pedro Guimarães. O governo sabe que este é apenas um alívio passageiro, já que o Bolsonaro continuará a ser o alvo de ataques. No fim de semana, Bolsonaro estará em SP e Uberlândia, participando de duas Marchas para Jesus, seguindo na busca pelo voto dos evangélicos.

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