Lula visita Amazonas para anunciar medidas de combate à seca
09 de setembro de 2024
Carol Veras – Da Cenarium
MANAUS (AM) – O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), vai cumprir agenda no Amazonas nessa terça-feira, 10. O mandatário fará anúncios de medidas de combate à seca na Amazônia, em cerimônia que deve acontecer na sede da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), na capital do Estado.
Essa é a primeira vez que o presidente vem ao Estado no contexto da estiagem intensa que afeta a população dos 62 municípios amazonenses. No ano passado, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, esteve em Manaus representando o presidente durante a seca histórica.
A visita avaliou, na época, a situação de estiagem que atingiu 58 municípios do Amazonas, além de Rondônia e Acre, afetando cerca de 500 mil pessoas. O governo federal também definiu medidas para mitigação dos impactos da seca.
Também participaram da comitiva a Manaus os ministros Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança Climática), Sônia Guajajara (Povos Indígenas), Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional), Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), Alexandre Silveira (Minas e Energia), José Mucio Monteiro (Defesa) e a secretária executiva do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Fernanda Machiaveli, além de representantes dos ministérios da Saúde, Desenvolvimento Social, Secretaria de Relações Institucionais (SRI) e Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
Contenção de danos
O governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), participou de reuniões com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), para planejamento de estratégias contra os impactos da seca no Amazonas e solicitar reforços no combate contra os incêndios no Sul do Estado. Além de Alckmin, também há contato entre o Estado do Amazonas e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski.
Wilson Lima assinou decretos que contemplam a prevenção e a contenção de danos durante o período de seca e queimadas. Foi declarada emergência ambiental em 22 municípios das regiões Sul do Amazonas e Metropolitana de Manaus, que respondem por 96% das queimadas no Estado.
Outra medida adotada por Wilson Lima é uma frente de pesquisas relacionadas a situações de emergência climática, com apoio de instituições especializadas no processo científico como a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e a Fundação de Aparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam). A UEA conta com um laboratório especializado no monitoramento e diagnóstico do clima, o Labclim, coordenado pelo professor Francis Wanger.
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A cautela das autoridades envolve o nível dos rios, que não retornaram à normalidade, e permanecem com números decrescentes desde abril deste ano. No Acre, as calhas dos rios Juruá e Purus já estão em situação emergencial decretada pelo governo do Estado. Conforme o governador, no Amazonas, a situação se encaminha para os mesmos padrões observados no território vizinho.