Mãe de criança de dois meses jogada em igarapé é amparada por familiares: ‘Perdemos um anjo’

A bebê foi jogada no igarapé, localizado na Reserva Adolpho Duck, Zona Norte de Manaus, por volta das 1h da madrugada. Conforme o delegado Vinícius de Melo, do 6° DIP (Bruno Pacheco/ Revista Cenarium)

Bruno Pacheco – Da Revista Cenarium

MANAUS – A mãe da pequena Eloísa, a bebê recém-nascida de dois meses que teria sido jogada pelo padastro em um igarapé de Manaus, na madrugada dessa terça-feira, 15, precisou ser amparada por familiares. O crime abalou a cidade e foi repercutido nacionalmente.

O suspeito, identificado como Vanderson Mesquita dos Santos, de 22 anos, foi preso nessa terça pelo crime de tráfico de drogas. Na delegacia, segundo a polícia, o rapaz confessou ter jogado a menina na região, durante a noite de chuva intensa, alegando raiva e ciúme da mãe, que é menor de idade. O padrasto não aceitava o fato da bebê ser fruto de outro relacionamento.

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Em entrevista à imprensa, um primo da jovem falou sobre o caso e sobre o sentimento de revolta da família. “É difícil, perdemos um anjo de Deus. O que fica é um sentimento de revolta. Dói bastante. A justiça vem de Deus”, disse Adriel Javam.

As buscas pelo corpo da criança foram iniciadas na tarde dessa terça-feira, 15, e retomadas na manhã desta quarta-feira, 16, pelas equipes do Corpo de Bombeiros, com o apoio do grupo de salvamento e resgate Sussuarana e de policiais.

“Estamos fazendo uma busca minuciosa nas margens do igarapé, junto aos cães farejadores. Caso o corpo da menina seja encontrado, iremos acionar os bombeiros”, explicou Silva, que é coordenador de operações da ONG Sussuarana, entidade que trabalhou nas buscas de Brumadinho, em MG, quando uma barragem da Vale rompeu em janeiro de 2019.

O caso

Heloísa foi jogada no igarapé, localizado na Reserva Adolpho Duck, Zona Norte de Manaus, por volta das 1h de terça-feira, segundo a polícia. Conforme o delegado Vinícius de Melo, do 6° Distrito Integrado de Polícia (DIP), o suspeito agiu com frieza ao pegar a criança, a embrulhar em um lençol e a jogar na água, em meio ao lixo descartado irregularmente na região.

Participam das buscas pela menina 11 membros do grupo Sussuarana, dois investigadores da Polícia Civil, uma equipe do Corpo de Bombeiros, que atuam junto a cães farejadores.

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