Mãe e irmão de Djidja Cardoso são indiciados por tortura que resultou em morte e outros 13 crimes

Cleusimar e Ademar, mãe e irmão, respectivamente, de Djidja Cardoso (Composição: Weslley Santos/Revista Cenarium)
Marcela Leiros – Da Cenarium*

MANAUS (AM) – Com o fim da investigação do “Caso Djidja“, Cleusimar Cardoso e Ademar Cardoso, mãe e irmão da ex-integrante do Boi Garantido, respectivamente, serão indicados por tortura com resultado de morte, tráfico de drogas e outros 12 crimes, afirmou a Polícia Civil. Como adiantou a CENARIUM, 11 pessoas foram indiciadas, no total. A identidade da 11ª pessoa ainda não foi informada.

Veja os nomes:

  • Ademar Cardoso, irmão de Djidja Cardoso;
  • Cleusimar Cardoso, mãe de Djidja Cardoso;
  • Verônica da Costa Seixas, gerente do Belle Femme;
  • Marlisson Vasconcelos Dantas, cabeleireiro e maquiador;
  • Claudiele Santos da Silva, maquiadora do salão de beleza;
  • Bruno Roberto Lima, ex-namorado de Djidja;
  • Hatus Silveira, ex-fisiculturista;
  • José Máximo, dono da clínica veterinária MaxVet e responsável por outros estabelecimentos;
  • Savio Pereira, funcionário da clínica MaxVet;
  • Emicley Araújo, funcionário da clínica MaxVet;
  • Pessoa ainda não identificada pela polícia.

A investigação teve duas operações, que resultaram nas prisões de 10 pessoas. Na primeira fase, os mandados de busca e apreensão autorizados pelo Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) foram cumpridos em residências da família Cardoso, em unidades do Belle Femme, além de clínicas veterinárias como a MaxVet, localizada no bairro Redenção. Este estabelecimento fornecia cetamina a integrantes da família Cardoso, segundo as apurações. 

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Dois dias após a morte da ex-item do Garantido, em 30 de maio, a CENARIUM revelou cinco mandados de prisão e de busca e apreensão contra familiares de Djidja e funcionários do salão Belle Feme. O irmão e a mãe de Djidja Cardoso, Ademar Cardoso e Cleusimar Cardoso, respectivamente, foram presos tentando fugir da polícia. Também havia determinação para prender os funcionários do Belle Femme identificados como Verônica da Costa Seixas, Claudiele Santos e Marlisson Dantas.

Em 7 de junho, a PC-AM deflagrou a segunda fase da operação, cumprindo mandados de prisão contra o ex-namorado de Djidja Cardoso, Bruno Roberto Lima, o ex-fisiculturista Hatus Silveira e dois funcionários de estabelecimento que fornecia drogas ao grupo investigado. O veterinário José Máximo, dono da clínica veterinária MaxVet e responsável por outros estabelecimentos, também foi preso.

A Justiça do Amazonas determinou as prisões de Bruno e Hatus por “inconsistências” nos depoimentos prestados à autoridade policial como testemunhas. Já Máximo teve a prisão determinada por não comparecer ao 1° Distrito Integrado de Polícia (DIP) para prestar depoimento. Os dois funcionários foram presos por tentativa de obstrução de justiça. A dupla tentou desfazer provas durante a operação de busca e apreensão realizada na primeira fase da operação. 

Vício

O abuso da sustância de uso veterinário pode ter sido a causa da morte de Djidja Cardoso, em 28 de maio, na residência onde morava, em Manaus. Antes da morte da empresária, a polícia já investigava a criação de uma seita religiosa chamada “Pai, Mãe, Vida”, liderada por Ademar Cardoso, que cooptava funcionários da rede de salões administrada pela família Cardoso a fazer o abuso da substância ilícita cetamina nos rituais. 

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