Mãe, irmão e funcionários de Djidja são transferidos para penitenciária na BR-174

Ademar Cardoso e Cleusimar Cardoso foram transferidos para a penitenciária no final da tarde desta sexta-feira, 31 (Composição de Paulo Dutra/CENARIUM)
Aldizangela Brito – Da Revista Cenarium

MANAUS (AM) – A Justiça do Amazonas manteve a prisão preventiva de Cleusimar Cardoso e Ademar Farias, mãe e irmão, respectivamente, da ex-item do Boi Garantido Djidja Cardoso, além da gerente do salão Belle Femme, Verônica da Costa Seixas e da maquiadora Claudiele Santos da Silva. Eles foram submetidos à audiência de custódia na tarde desta sexta-feira, 31, no Fórum Enoch Reis, localizado no bairro São Francisco, Zona Sul de Manaus, e em seguida transferidos para um complexo penitenciário localizado na BR-174, que liga Manaus a Boa Vista (RR).

O grupo responde por tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas, colocação em perigo da saúde ou da vida de outrem, falsificação, corrupção, adulteração de produtos destinados a fins terapêuticos e medicinais, aborto provocado sem consentimento da gestante, estupro de vulnerável, charlatanismo, curandeirismo, sequestro, cárcere privado e constrangimento ilegal. A polícia apura as circunstâncias da morte de Djidja nos rituais da seita.

Chegada dos suspeitos no 1º DIP, em Manaus (Reprodução/Redes Sociais)

À CENARIUM, o advogado de defesa da família, Vilson Benayon, afirmou que o mandado de prisão foi expedido por um juiz da mesma hierarquia do juiz da audiência de custódia e, por esse motivo, a prisão não poderia ser revogada.

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“A defesa requereu a realização de exame toxicológico e pediu, para o juiz, que os réus fossem conduzidos para a enfermaria do complexo prisional, pois eles estão num estado de dependência da droga, devido à abstinência. Isso foi deferido pelo juiz”, disse o advogado criminalista.

O advogado de defesa da maquiadora Claudiele Santos da Silva, Kevin Teles, disse à reportagem que pretende provar por meio de “exame toxicológico”, que os acusados são dependentes químicos para reverter a prisão preventiva. Porém, o pedido ainda não foi avaliado pelo Judiciário, mas será feito no decorrer do processo.

“Se for constatado mesmo que os outros acusados, supostos acusados, são realmente dependentes químicos, vai deixar de ser aplicada uma pena de prisão para uma pena de internação, uma clínica de reabilitação, até que estejam reabilitados, aí vai ser feita uma outra audiência para ver a questão da prisão mesmo em si”, disse Kevin Teles.

Questionado pela CENARIUM quais os próximos passos, o advogado disse a defesa terá acesso aos autos “porque ainda não foi concedido o acesso ao inquérito policial por parte do delegado Cícero Túlio e, assim, que for liberado, bem com as diligências que estão sendo feitas, a defesa vai montar só a estratégia da melhor forma possível para a gente poder provar a inocência dela”.

Leia mais: Drogas, seita religiosa, estupro e aborto: o que a polícia sabe sobre o ‘Caso Djidja’
Editado por Adrisa De Góes
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