Maior tempestade solar em 20 anos espalha auroras boreais pela Europa e América do Sul


11 de maio de 2024
O fenômeno visto a partir da cidade de Lausanne, na Suíça (Denis Balibouse/Reuters)
O fenômeno visto a partir da cidade de Lausanne, na Suíça (Denis Balibouse/Reuters)

Da Revista Cenarium*

AFP – A tempestade solar mais poderosa em mais de duas décadas atingiu a Terra nesta sexta-feira, 10, provocando auroras boreais espetaculares e ameaçando possíveis interrupções em satélites e redes elétricas enquanto persistir durante este final de semana.

A primeira de várias ejeções de massa coronal (CMEs, na sigla em inglês), grandes emissões de plasma e campos magnéticos do Sol, ocorreu pouco depois das 11h de Brasília, de acordo com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA).

Mais tarde, a NOAA categorizou a tempestade geomagnética como extrema, a primeira desde que em outubro de 2003 várias delas causaram apagões na Suécia e danos na infraestrutura energética na África do Sul.

Espera-se que mais CMEs atinjam o planeta nos próximos dias.

O fenômeno visto a partir da cidade de Lausanne, na Suíça
O fenômeno visto a partir da cidade de Lausanne, na Suíça Denis Balibouse/Reuters

Nesta sexta-feiram 10 as redes sociais foram inundadas com fotos de auroras boreais capturadas no norte da Europa e na Australásia (região que inclui Austrália, Nova Zelândia, a Nova Guiné e ilhas de parte da Indonésia).

Acabamos de acordar as crianças para verem a aurora boreal no quintal! Está claramente visível“, disse à AFP Iain Mansfield, membro de um centro de estudos em Hertford, no Reino Unido.

Outros, como o fotógrafo Sean O’ Riordan, relataram na rede X (antigo Twitter) fotografias de “céus absolutamente bíblicos na Tasmânia às 4h da manhã“.

As autoridades pediram aos operadores de satélites, companhias aéreas e responsáveis pelas redes elétricas que tomassem medidas de precaução contra possíveis perturbações causadas por mudanças no campo magnético da Terra.

A Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos, no entanto, disse que “não antecipa nenhum impacto significativo no sistema de espaço aéreo do país“.

Ao contrário das erupções solares, que viajam à velocidade da luz e são capazes de alcançar a Terra em oito minutos, as CMEs viajam a um ritmo mais lento, de 800 km por segundo.

Os meteorologistas esperam poder precisar melhor o impacto que terão quando estiverem a uma distância de 1,6 milhão de quilômetros.

Os campos magnéticos associados às tempestades geomagnéticas induzem correntes nos condutores longos, incluindo os cabos de energia, o que pode provocar apagões.

Também podem ocorrer impactos na comunicação por rádio de alta frequência, GPS, em naves espaciais e satélites.

Até mesmo pombos e outras espécies que possuem bússolas biológicas podem ser afetados.

Leia a matéria na íntegra neste link.

(*) Com informações da Folhapress

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