Maioria dos ministros do STF vota por manter direitos políticos de Dilma Rousseff


22 de setembro de 2023
Maioria dos ministros do STF vota por manter direitos políticos de Dilma Rousseff
A ex-presidente Dilma Rousseff. (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Da Revista Cenarium Amazônia*

SÃO PAULO – O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria na noite desta quinta-feira, 21, para manter os direitos políticos da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) após processo de impeachment, quando houve a separação da votação entre a cassação e a manutenção da possibilidade de exercer cargos públicos.

O placar está em 6 a 0, e todos os ministros devem inserir seus votos até as 23h59 desta sexta-feira, 22. Além de Rosa Weber, presidente da corte e relatora da ação, votaram em favor de Dilma os ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Edson Fachin, Dias Toffoli e Cristiano Zanin.

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) no Palácio do Planalto, em Brasília
A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) no Palácio do Planalto, em Brasília – Gabriela Biló – 2.jan.23/Folhapress

Rosa afirmou em relatório das interpelações, julgadas em bloco, que não caberia ao Supremo alterar o formato de votação do impeachment da ex-presidente, já que o processo possui caráter político, não devendo haver interferência na decisão do Senado.

Ela também afirmou que o conjunto de pedidos, protocolados em 2016, não possuem os requisitos processuais mínimos.

Dilma teve o mandato cassado em 2016 em processo que tramitou na Câmara dos Deputados e no Senado. Ambas as Casas consideraram que a então presidente cometeu crime de responsabilidade pelas chamadas “pedaladas fiscais“, com a abertura de crédito orçamentário sem aval do Congresso Nacional.

A decisão, no processo e no mérito, foi acompanhada sem contestação pelo STF. Dois anos após o afastamento do Planalto, candidatou-se ao Senado por Minas Gerais, mas foi derrotada e ficou em quarto lugar. Foram eleitos o atual presidente da casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Carlos Viana (Podemos-MG).

Em 2023, a ex-presidente assumiu a chefia do banco dos Brics, após articulação do governo Lula (PT). Ela ficará no cargo até 2025, quando acabará o mandato brasileiro —o banco é liderado de forma rotativa entre os Estados membros.

(*) Com informações da Folhapress

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