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Mais de 30 cachorros ficam abandonados após donos idosos morrerem de Covid-19
Os donos deles, um casal de irmãos idosos, morreram em decorrência da Covid-19 (Reprodução/G1)
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28 de fevereiro de 2021
Com informações do G1
SÃO PAULO – Mais de 30 cachorros ficaram sozinhos depois que os donos deles, um casal de irmãos idosos, morreram em decorrência da Covid-19 em Mogi das Cruzes, interior de São Paulo. Os animais estavam na casa em que viviam, no bairro Cidade Jardim, até serem doados. Parte deles ainda está sob os cuidados de uma ONG da cidade.
Os cachorros são, na maioria, das raças yorkshire e shih-tzu. Eles foram criados pelos tutores ao longo de anos para reprodução e venda de filhotes. Com a idade avançada dos cães, os donos decidiram castrá-los e mantê-los em casa.
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No início do ano, um dos criadores faleceu em decorrência do coronavírus. Em seguida, foi a vez da irmã dele. Da internação à morte dos donos, no final do mês de janeiro, os cães foram alimentados por uma vizinha. No entanto, como eram muitos, estavam em más condições quando foram resgatados pelo Grupo Fera. Segundo Fernanda Moreno, vereadora e mantenedora da ONG, a casa tinha odor forte e os animais pareciam estressados.
“Eles eram japoneses bem tradicionais. Eles até falavam com um pouquinho de sotaque. Então, se tem parente, você vê que é longe. Moravam em uma casa simples, mas tinham uma condição. Você vê que os animais comiam boa ração, mas é que era muito cachorro. Chega uma idade que o dono não consegue mais cuidar direito. A casa estava com um odor muito forte”, comenta.
Eu fui lá na casa e perguntei para vizinha: quantos animais ainda têm? Ela falou: ‘olha, tem 12, mas dois já estão prometidos’. Pedi para ela entregar para ONG, para gente fazer a doação deles. Ela entregou. A gente pegou 10, mas no começo eram mais de 30 animais. A vizinha cuidava, dava comida. Por desespero, ela acabou doando esses animais”.
Dos 10 resgatados, cinco foram doados. Os outros ainda estão com o Grupo Fera, mas a ativista destacou que eles têm problemas de saúde, como cegueira e doenças endócrinas. “São animais mais velhos, que requerem cuidados, mas ainda esperam por um lar”, finalizou.
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