Manaus atrai 4,5 mi pessoas para negócios; sendo considerada metrópole da Amazônia Legal, diz IBGE

Com uma riqueza altamente concentrada, Manaus é a metrópole que reúne os maiores arranjos urbanos, econômicos e estruturais da Amazônia (Reprodução/ Internet)

Mencius Melo – da Revista Cenarium

MANAUS – Por conta da abrangência urbana e da atração de aproximadamente 4,5 milhões de pessoas para negócios, a capital amazonense foi considerada “metrópole” da Amazônia Legal, segundo pesquisa de Regiões de Influência das Cidades (REGIC) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, 25.

A população que constituí esse arranjo em 71 cidades é composta por moradores que buscam emprego, negócios, compras e serviços. Geograficamente a área de abrangência alcança 1,6 milhão de km2 e seu PIB representa 71% de todas as cidades que estão em sua linha de influência.

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Mesmo com a baixa densidade demográfica de 2,76 habitantes por quilometro quadrado, o Produto Interno Bruto (PIB) de renda per capita é de R$21.985,26. Não encontrando similar na região.

Com raio de expansão, a capital do Amazonas alcança influência sobre Boa Vista distante 783 km (Reprodução/Internet)

Outro dado observado pela pesquisa ressalta que apesar de ter uma linha de influência menor que Belém (PA), cujo raio se estende por 157 cidades, Manaus tem um PIB é de 71,21% contra 25,78% de Belém, uma riqueza irradiada de maior alcance.

“Os dados mostram a potência de Manaus com PIB e renda invejáveis para a região, sua influência como metrópole é grande, ao ponto de atrair moradores de Boa Vista, capital de Roraima”, destacou o disseminador de Informação do IBGE/Amazonas, Adjalma Batista.

No entanto Batista ele faz ressalvas. “Manaus é uma cidade muito rica para os padrões urbanos da Amazônia, mas, essa riqueza é altamente concentrada na capital, deixando o interior em situação de inferioridade. O mesmo não acontece, por exemplo, no Pará, onde a riqueza é melhor distribuída entre Belém e cidades como Castanhal, Santarém, Marabá entre outras”, contextualizou Adjalma.

Distâncias e conexões

Pela extensão as conexões com outras cidades alcançam a média de 316 km. Isso faz com que cidades amazonenses tenham comunicação com outras capitais como ocorre no sudoeste do Estado, que está sob influência da rede urbana do Arranjo Populacional de Brasília (DF).

Já as cidades próximas ao Estado do Acre relacionam-se a Cruzeiro do Sul (AC) como é o caso de Guajará (AM) e Ipixuna (AM). A capital acreana Rio Branco (AC) é destino principal do município de Boca do Acre (AM) e Pauini (AM).

O destaque vai para Envira (AM) que possui dupla subordinação a Eirunepé (AM) e a Rio Branco (AC). Já nas imediações do Estado de Rondônia, o Arranjo Populacional de Porto Velho/RO é o vínculo principal de Apuí (AM) e Humaitá (AM).

Municípios amazônicos se destacam

Na pesquisa do IBGE que mapeou Manaus e o Amazonas aparecem também os municípios de Tabatinga, Parintins e São Gabriel da Cachoeira. O destaque apresenta os três municípios em posição mais independente de Manaus. Assim como Tabatinga por suas ligações internacionais, já que o município possui tríplice fronteira e dialoga com a Colômbia e Peru.

Já Parintins se destaca por suas festas com potencial turístico, centrada na manifestação do bois bumbás Garantido e Caprichoso. São Gabriel por sua vez, com a forte presença dos militares do exército brasileiro e sua estrutura operacional de fronteira, responde com atendimento de saúde à países vizinhos.

O destaque negativo vai para Tefé (AM), que perdeu status ao apresentar redução na linha de influência sobre demais municípios. A cidade antes influenciava oito cidades em seu raio de atração. De acordo com a nova pesquisa, esse número reduziu para três.

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