Manifestação pede justiça por idoso morto em conflito de terras no AP
Por: Marcela Leiros
25 de novembro de 2024
MANAUS (AM) – Familiares e amigos do idoso Antônio Candeia Oliveira, 72 anos, assassinado na cidade de Amapá (AP) após desentendimento por disputa de terras, realizaram manifestação nessa segunda-feira, 25, em frente à Promotoria de Justiça da cidade, localizada a 310 quilômetros da capital Macapá, pedindo Justiça.
O crime ocorreu no sábado, 23, e o principal suspeito é o ex-militar do Exército Antônio Carlos Lima de Araújo, cunhado da prefeita eleita do município amapaense, Kelly Lobato (União Brasil). Ele está foragido desde o dia do homicídio, mas, de acordo com a defesa, deve se apresentar à Justiça hoje. O marido da prefeita, Francisco Canindé, foi preso suspeito de ter mandado matar o idoso.
A manifestação ocorreu pela parte da manhã. Nas imagens é possível ver que os manifestantes, que seguravam uma faixa com os dizeres “A família pede justiça“, também fizeram um buzinaço e gritaram pedindo justiça.
Veja o vídeo:
Por meio das redes sociais, o escritório de advocacia Mafra Advogados Associados alegou que irá realizar a defesa de Antônio Carlos, e que as medidas a respeito desta defesa estão sendo tomadas “primando pela Justiça e presunção de inocência na forma e modo da Constituição Federal do Brasil“.
Na nota, o escritório afirma estar ciente do mandado de prisão preventiva decretado contra o ex-militar, e que ele irá se apresentar à Justiça nesta segunda-feira.

Nas redes sociais, Kelly Lobato disse confiar na investigação para garantir a verdade e a justiça no homicídio envolvendo o cunhado e o marido da mesma. Vídeo do crime mostra que Maranhão foi assassinado à queima roupas, sem chance de defesa.
Entenda o caso
Antônio Carlos Lima de Araújo foi filmado efetuando os disparos que mataram o idoso. Francisco Canindé foi preso após o crime, suspeito de ter mandado matar Antônio Candeia Oliveira. O motivo, disseram testemunhas, foi disputa por terras.
O vídeo mostra o momento em que Antônio Carlos discute com o idoso, e em seguida efetua os disparos. Na gravação, momentos antes da fatalidade, o ex-militar ameaça por várias vezes agredir o idoso. Outra pessoa, que não aparece nas imagens, também discute com a vítima antes do assassinato.
Durante o confronto verbal, Araújo empurra Candeia, e os dois saem do campo de visão da câmera. Logo após, é possível ouvir disparos de arma de fogo. As imagens retomam com o idoso gravemente ferido.
Quando Antônio começa a atirar, a pessoa que filma o crime pede para que ele não efetue os disparos. “Não… Não faz isso! Meu Deus, não faz isso! A gente não veio ‘pra cá’ matar ninguém”. Em seguida, a pessoa procura um lugar para se esconder.
Veja: