Baixa adesão em manifestos contra Bolsonaro tira impeachment de radar

Avenida Paulista em manifestação contra o presidente Jair Bolsonaro (Divulgação/Internet)
Via Brasília – Da Cenarium

Ausências

Com presença de público menor do que a estimada pelos organizadores, os atos deste domingo contra Jair Bolsonaro e a favor do impeachment enfraquecem o ímpeto de adesão ao afastamento do presidente, pelo menos por ora. Sem a adesão do PT dos movimentos sociais que orbitam o partido, fica claro que os integrantes do MBL e do movimento Vem pra Rua cometeram erro ao formatar como pauta inicial o “Nem Lula nem Bolsonaro”. Quando entenderam que deveriam unificar as convocações apenas com o chamado “Fora Bolsonaro” já era tarde para atrair o PT e setores da esquerda.

Pauta unificada

Enquanto isso, o Partido dos Trabalhadores já começa a organizar e convocar um novo protesto para o dia 2 de outubro. A ver se conseguirá unificar todos os setores de oposição, como o MBL não conseguiu. Mesmo com a tese do impeachment perdendo força, parlamentares de centro acreditam que a tendência é de os atos contra Bolsonaro se avolumarem, na medida em que acreditam a versão “Paz e Amor” do presidente durará pouco. Afinal, “é da natureza dele o conflito e o caos”, disse à coluna Via Brasília um líder partidário que pediu anonimato.

Teste de Bolsonaro

Já no Senado, Bolsonaro tem pela frente seu primeiro teste da semana, pós-carta de recuo. Enquanto o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), anunciou que o destino da MP 1068 – que muda o Marco Civil da Internet e promove um “lidera geral das fake news e discursos de ódio” – será a devolução ao governo, a OAB chama a atenção para sua Ação Direta de Inconstitucionalidade, com pedido de medida cautelar, impetrada no STF na última sexta-feira. Além da ação no STF, a OAB também enviou parecer a Pacheco sugerindo a devolução da MP, o que deverá se confirmar nesta terça-feira, 14. Veremos até quando resistirá em atacar STF e Senado.

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Reforma Administrativa

Na Câmara, o relator da Reforma Administrativa, Arthur Maia (DEM/BA), deve apresentar um novo parecer na sessão de amanhã da comissão especial que analisa a PEC 32/20. Segundo sua assessoria, o deputado participou de reuniões nos últimos dias e tende a fazer pequenos ajustes no texto. Por enquanto apenas um destaque foi apresentado até o momento. As bancadas têm até o início da votação do texto-base para apresentar suas propostas de alteração do relatório de Maia. A discussão da matéria deverá se estender até a próxima quarta-feira, 15.

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