Manifestantes fecham avenida de Manaus em protesto contra David Almeida
23 de agosto de 2024

Gabriel Abreu – Da Cenarium
MANAUS (AM) – Uma manifestação contra o prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), foi registrada no final da tarde desta sexta-feira, 23, no viaduto localizado na avenida Boulevard Álvaro Maia, bairro Adrianópolis, Zona Centro-sul da capital amazonense. Os moradores do Beco Ayrão, do bairro Praça 14 de Janeiro, cobram da Prefeitura de Manaus melhorias em relação à infraestrutura na região.
Os manifestantes afirmam que há mais de três anos eles cobram soluções do Executivo Municipal. A maioria dos escoadouros danificados e com areias não dão vazão às águas das chuvas que têm sido intensas nos últimos meses. Conforme os comunitários, com a água represada, o alagamento das residências e comércios da região é quase inevitável, principalmente no Beco Ayrão.

Além dos episódios de alagamentos, os moradores também reclamam das ruas esburacadas e dos asfaltos danificados. De acordo com os comunitários, a fina camada de asfalto, em determinado trecho do beco, aliada à rede de drenagem danificada, pode resultar em acidente, caso o pavimento ceda.
Em média, 30 pessoas participaram do protesto. Cartazes, apitos, panelaço e até mesmo um pneu queimado foi a forma que encontraram para chamar a atenção das autoridades. No local, a reportagem fez registros que mostram como está o beco ayrão. Confira na imagem abaixo

A dona de casa Miriam Bonfim descreveu o drama que passa ao longo dos últimos anos. Segundo ela, a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf) fez uma obra, mas não foi concluída. Quem vive no lugar há mais de 20 anos reclama das péssimas condições e por isso decidiram fazer uma manifestação para chamar a atenção das autoridades municipais.
“A gente está chamando a atenção do prefeito Davi Almeida Porque o nosso beco ayrão que fica aqui embaixo do viaduto não está sendo assistido há mais de três anos. Ele veio aqui e fez uma limpeza, uma drenagem no viaduto, mas o beco ayrão não foi assistido, todos os boieiros estão entupidos e agora a água está voltando pelos nossos canos. Então quando chover vai ficar bem pior, a gente já perdeu muita coisa, já perdeu muito imóvel como: armário, fogão, geladeira e tudo que você imaginar”, relatou a moradora.
Sobre as respostas que recebem da Seminf e da prefeitura a moradora disse: “As autoridades apenas nos ignoram, elas vão, faz aquela coisa pra inglês ver, faz uma pintura, fez uma praça desnecessária que ninguém nem usa essa praça e aí os bueiros, mesmo que é a limpeza do bueiro, nada acontece”, desabafou Miriam.
Vídeos feitos pela CENARIUM mostram os manifestantes proferindo palavras de ordem como: “Prefeito, cadê você? Eu vim aqui só para te ver”. Com a chegada de policiais militares eles reivindicaram: “Polícia não. Queremos solução”. Confira no vídeo abaixo:
O protesto durou cerca de uma hora e prejudicou uma parte dos condutores que voltavam para casa. Agentes do Instituto de Mobilidade Urbana (IMMU) estiveram no local para direcionar o trânsito.
Uma placa escrita “obras em andamento” foi colocada no Beco Ayrão, mas não há nenhum sinal de trabalho de recuperação no local. Por isso, os moradores mais uma vez fecharam em parte o viaduto que dá acesso a avenida jornalista Humberto Calderaro Filho, uma das mais movimentadas durante a volta para casa.

Repercussão
Essa não é a primeira vez que a CENARIUM mostra os dramas dos moradores. Em 2022, eles realizaram manifestação no mesmo local implorando por melhorias. De acordo com os comunitários, a fina camada de asfalto, em determinado trecho do beco, aliada à rede de drenagem danificada, pode resultar em acidente, caso o pavimento ceda.
“Tivemos que apelar para essa medida mais extrema, queimando um pneu e fechando uma das vias, para tentar chamar a atenção do poder público quanto aos nossos problemas e as melhorias que a gente quer. Fica o constrangimento que temos sofrido. Meu vizinho, inclusive, que tem a casa mais baixa, sempre perde materiais. Na sexta-feira, ele estava limpando os resquícios de alagamento na casa e no comércio dele, por conta da última chuva, e no sábado teve que parar porque, novamente, alagou a casa dele”, lamenta Victor.
