‘Mano G’, envolvido na chacina no Compaj em 2002, será julgado nesta segunda-feira

Gelson Carnaúba, vulgo 'Mano G'. (Reprodução/ divulgação)

Priscilla Peixoto – Da Revista Cenarium

MANAUS – Gelson Lima Carnaúba, popularmente conhecido como “Mano G”, vai ser julgado a partir desta segunda-feira, 22, pelo Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM). Considerado como um criminoso de alta periculosidade, Gelson vai para o banco dos réus por ser um dos principais envolvidos na chacina ocorrida em 2002 no Regime do Complexo Fechado Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), localizada no Km 08 da BR-174, resultando na morte violenta de 12 internos e agente penitenciário.

A justiça do Amazonas também vai julgar Marco da Cruz e Francisco Pereira, apontados como comparsas de “Mano G” na chacina realizada no complexo. Durante o julgamento que será realizado no Fórum de Justiça Ministro Henoch Reis, situado no bairro São Francisco, Zona Sul de Manaus, apenas Marcos da Cruz vai participar de forma presencial. Francisco e “Mano G” irão acompanhar o julgamento por videoconferência, ambos estão presos em unidades presidiárias federais.

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Serão ao menos dois dias de julgamento, presidido pelo Juíz de Direito Titular da 2ª Vara do Júri Anésio Rocha Pinheiro. Como promotores, Marcelo Augusto Silva Pinheiro e Lilian Nara Pinheiro de Almeida foram os escolhidos pelo Ministério Público do Estado do Amazonas para atuarem na sessão que será fechada ao público e à imprensa, para evitar aglomeração.

No dia 25 de maio de 2002, o Compaj foi palco de um cenário de violência, motivado pela morte do detento identificado como André Luis Pereira, que, segundo informações passadas pelos próprios detentos do complexo, teria sido espancado e torturado por agentes penitenciários do presídio.

Na rebelião, os detentos usaram martelos, objetos cortantes e até revólveres para assassinar os desafetos de cela. Vale ressaltar que a chacina resultou em um dos mais vultuosos processos do Tribunal do Júri, com mais de 7.300 páginas.

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