Maranhão bate recorde de 2012 e número de desempregados chega a 450 mil

Maranhão apresenta 17% de taxa de desocupação (Reprodução/Internet)
Iury Lima – Da Cenarium

VILHENA (RO) – O desemprego atingiu 457 mil maranhenses no segundo trimestre de 2021, gerando um novo recorde histórico. Este é o pior índice registrado desde 2012, quando havia 438 mil desempregados, atualmente, são 17,2% da população que não encontram emprego.

Essa parcela é inserida no conceito estipulado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que considera pessoas com 14 anos ou mais aptas ao trabalho, por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua).

Além disso, o Maranhão também fechou o período analisado, que compreende os meses de abril, maio e junho deste ano, como o Estado da Amazônia Legal com o maior índice de desocupação, de acordo com os dados divulgados na terça-feira, 31.

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Fila de pessoas desempregadas em busca de um posto de trabalho, em Manaus (Ricardo Oliveira/Cenarium)

Desocupação e estabilidade

Em relação ao primeiro trimestre do ano, o aumento do desemprego foi de 0,2%, uma diferença aparentemente inofensiva, mas que na prática, durante maio a setembro, já representa em números absolutos mais de 19 mil pessoas sem oportunidade de garantir o sustento e a renda.

Por outro lado, a PNAD Contínua também mostrou que possuir trabalho não é sinônimo de estabilidade. Isto porque 60,5% dos maranhenses estão na informalidade, acima da média nacional, que é de 40,6%. Nessa categoria, o Estado está empatado com o Pará – outro integrante da Amazônia Legal -, ambos com as maiores taxas do Brasil em relação à informalidade entre a população em desemprego.

Amazonas se junta aos Estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais, onde as reduções foram mais expressivas. (Ricardo Oliveira/Cenarium)

Por conta própria

O Maranhão acumulou ainda, no segundo trimestre, mais um título negativo: o Estado com o menor percentual de trabalhadores com carteira assinada em todo o Brasil: 49,2%.

O estudo também reuniu dados sobre a quantidade de pessoas que, por falta de oportunidade, começaram a trabalhar por conta própria e os maiores percentuais foram registrados no Norte e Nordeste do País.

Nesta categoria, o destaque foi para o Amapá, com 37,7% da população empregada. Em seguida, vem o Amazonas, com 36,7% e o Pará, com 35,4%.

Cenário Amazônico

O Maranhão foi também a Unidade Federativa (UF) com 17% em desocupação, índice mais acentuado, superando o Amapá, com taxa de 16,4% e o Acre, com 15,9%. A menor taxa foi a de Mato Grosso, que totalizava 9,9%, em maio, e reduziu quase um ponto percentual (p.p), fechando junho com desocupação de 9,0% da população, mantendo a estabilidade.

Desemprego

PosiçãoEstado 1º trimestre/20212º trimestre/2021
Maranhão17,017,2
Amapá15,416,4
Acre16,815,9
Amazonas17,515,6
Tocantins16,315,4
Roraima14,016,6
Pará13,713,3
Rondônia11,410,1
Mato Grosso9,99,0
Fonte: Pnad Contínua/IBGE

Apesar do Amazonas aparecer na quarta posição entre os Estados com mais pessoas desocupadas, o índice teve redução de quase dois pontos percentuais (-1,9 p.p) em relação ao trimestre anterior. Já quando se compara os meses de abril, maio e junho de 2021 com seus correspondentes em 2020, Pará e Amapá apresentam alta em suas taxas de desocupação de 4,3 p.p e 5,0 p.p, respectivamente.

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