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Maranhão bate recorde de 2012 e número de desempregados chega a 450 mil
Maranhão apresenta 17% de taxa de desocupação (Reprodução/Internet)
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02 de setembro de 2021
Iury Lima – Da Cenarium
VILHENA (RO) – O desemprego atingiu 457 mil maranhenses no segundo trimestre de 2021, gerando um novo recorde histórico. Este é o pior índice registrado desde 2012, quando havia 438 mil desempregados, atualmente, são 17,2% da população que não encontram emprego.
Essa parcela é inserida no conceito estipulado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que considera pessoas com 14 anos ou mais aptas ao trabalho, por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua).
Além disso, o Maranhão também fechou o período analisado, que compreende os meses de abril, maio e junho deste ano, como o Estado da Amazônia Legal com o maior índice de desocupação, de acordo com os dados divulgados na terça-feira, 31.
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Desocupação e estabilidade
Em relação ao primeiro trimestre do ano, o aumento do desemprego foi de 0,2%, uma diferença aparentemente inofensiva, mas que na prática, durante maio a setembro, já representa em números absolutos mais de 19 mil pessoas sem oportunidade de garantir o sustento e a renda.
Por outro lado, a PNAD Contínua também mostrou que possuir trabalho não é sinônimo de estabilidade. Isto porque 60,5% dos maranhenses estão na informalidade, acima da média nacional, que é de 40,6%. Nessa categoria, o Estado está empatado com o Pará – outro integrante da Amazônia Legal -, ambos com as maiores taxas do Brasil em relação à informalidade entre a população em desemprego.
Por conta própria
O Maranhão acumulou ainda, no segundo trimestre, mais um título negativo: o Estado com o menor percentual de trabalhadores com carteira assinada em todo o Brasil: 49,2%.
O estudo também reuniu dados sobre a quantidade de pessoas que, por falta de oportunidade, começaram a trabalhar por conta própria e os maiores percentuais foram registrados no Norte e Nordeste do País.
Nesta categoria, o destaque foi para o Amapá, com 37,7% da população empregada. Em seguida, vem o Amazonas, com 36,7% e o Pará, com 35,4%.
Cenário Amazônico
O Maranhão foi também a Unidade Federativa (UF) com 17% em desocupação, índice mais acentuado, superando o Amapá, com taxa de 16,4% e o Acre, com 15,9%. A menor taxa foi a de Mato Grosso, que totalizava 9,9%, em maio, e reduziu quase um ponto percentual (p.p), fechando junho com desocupação de 9,0% da população, mantendo a estabilidade.
Desemprego
Posição
Estado
1º trimestre/2021
2º trimestre/2021
1º
Maranhão
17,0
17,2
2º
Amapá
15,4
16,4
3º
Acre
16,8
15,9
4º
Amazonas
17,5
15,6
5º
Tocantins
16,3
15,4
6º
Roraima
14,0
16,6
7º
Pará
13,7
13,3
8º
Rondônia
11,4
10,1
9º
Mato Grosso
9,9
9,0
Fonte: Pnad Contínua/IBGE
Apesar do Amazonas aparecer na quarta posição entre os Estados com mais pessoas desocupadas, o índice teve redução de quase dois pontos percentuais (-1,9 p.p) em relação ao trimestre anterior. Já quando se compara os meses de abril, maio e junho de 2021 com seus correspondentes em 2020, Pará e Amapá apresentam alta em suas taxas de desocupação de 4,3 p.p e 5,0 p.p, respectivamente.
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