Marca de lingerie defende modelo LGBTQIAPN+ após ensaio publicitário sofrer ataques na internet
15 de abril de 2023
Ensaio fotográfico da Honey Birdette ousou e causou reações extremadas de homofobia e transfobia nas redes sociais (Reprodução/Rede Social)
Mencius Melo – Da Revista Cenarium
MANAUS – A marca australiana de lingerie, Honey Birdette, saiu em defesa da comunidade LGBTQIAPN+ e do modelo não binário Jake Dupree, após comentários de ódio e intolerância nas redes sociais. Os ataques homofóbicos e transfóbicos ocorreram em função da campanha publicitária da marca, que estampou Jake Dupree usando o conjunto de lingerie de três peças Ruby da marca. A empresa teria recebido em comentários, no post, na rede Instagram e no Twitter, mensagens que discutiram “o que é uma mulher real”.
Os insultos e mensagens de ódio tiveram forte reação da Honey Birdette, que emitiu comunicado refutando os ataques, prestando solidariedade a Jake Dupree e apoiando a causa LGBTQIAPN+. “Honey Birdette promove um ambiente inclusivo e diversificado, e continuaremos a usar a nossa voz para capacitar e apoiar a comunidade LGBTQIAPN+, mulheres e qualquer pessoa que queira sentir-se fabulosa com a nossa lingerie”, declarou em nota publicada nas redes sociais.
O modelo Jake Dupree fez um ensaio sensual usando três peças da Honey Birdette (Reprodução/Redes Sociais)
Na sequência, a empresa, que é uma marca importante no mercado de luxo, defende as discussões democráticas, mas reafirma sua postura em não aceitar a violência como ferramenta de debates. “Embora discussões ponderadas e construtivas sejam importantes para fazer avançar a cultura, discurso de ódio e bullying não serão tolerados nos nossos canais. Comentários desta natureza negativa serão excluídos. Jake Dupree, és tão talentoso e tens o nosso apoio total!”, solidarizou.
No Brasil
Cada vez mais presentes na relação com o consumidor, as redes sociais, ao mesmo tempo que aproximam a clientela, também trazem problemas na relação, com opiniões depreciativas, agressivas, irônicas e violentas. Até mesmo os serviços de mensagens como o “SMS” podem ser usados para agredir. Em 2022, a rede de drogarias Raia, uma das gigantes do mercado brasileiro, foi processada e perdeu a causa após um cliente, assumidamente homossexual, receber mensagens de marketing com seu nome alterado.
Diferente da Honey Birdette, que recebeu comentários agressivos, a rede Raia emitiu conteúdo homofóbico. O publicitário Galileu Araújo Nogueira, após uma compra cotidiana em uma das lojas da rede, passou a receber mensagens de SMS com seu nome grafado de forma alterada. Ao invés de Galileu, ele passou a ser chamado de “Gaylileu”. O profissional processou as drogarias Raia e ganhou, na Justiça, uma indenização de R$ 40 mil. Galileu ficou com metade da indenização e a outra parte ele doou para uma ONG que apoia e abriga jovens LGBTQIAPN+ na capital paulista.
Este site usa cookies para que possamos oferecer a melhor experiência de usuário possível. As informações dos cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.
Cookies Estritamente Necessários
O cookie estritamente necessário deve estar ativado o tempo todo para que possamos salvar suas preferências de configuração de cookies.
Se você desativar este cookie, não poderemos salvar suas preferências. Isso significa que toda vez que você visitar este site, precisará habilitar ou desabilitar os cookies novamente.