Mato Grosso é responsável por 14% do desmatamento na Amazônia Legal

. (Reprodução)

Da Revista Cenarium*

MANAUS – Em junho deste ano, 822 quilômetros quadrados foram desmatados na Amazônia Legal, um aumento de 3% em relação a junho de 2019, quando a floresta sofreu uma devastação de 801 quilômetros quadrados. Do total, Mato Grosso respondeu por 14% da destruição, o que correspondeu 112 km2.

O tamanho, no entanto, é menor (-20) que o mesmo período de 2019, quando o desmatamento atingiu 140 km2 da porção amazônica localizada no Estado.

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Os dados são do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), uma ferramenta de monitoramento da Amazônia baseada em imagens de satélites, desenvolvida pelo Instituto Imazon.

Segundo o estudo, a maior parte do desflorestamento detectado em junho de 2020 ocorreu no Pará (43%), seguido do Amazonas (21%).

Após vem Mato Grosso e Rondônia, ambos com 14%, Acre (7%) e Roraima (1%).

Já considerando o período de janeiro a junho de 2020 o desmatamento acumulado é de 2.544 quilômetros quadrados, o que representa um aumento de 23% em relação ao mesmo período de 2019, quando o desmatamento totalizou 2.061 quilômetros quadrados.

No Estado, o município de Aripuanã (1.050 km a Noroeste de Cuiabá) está entre os 10 mais críticos, com 17 km2 destruídos.

A maioria (56%) do desmatamento ocorreu em áreas privadas ou sob diversos estágios de posse. O restante do desmatamento foi registrado em unidades de conservação (22%), assentamentos (19%) e terras indígenas (3%).

O levantamento mostra ainda que as florestas degradadas na região somaram 213km2 em junho deste ano, o que representa um aumento de 335% em relação ao mês período de 30 dias de 2019, quando a degradação detectada foi de 49 quilômetros quadrados.

Em junho de 2020, a degradação foi detectada em Mato Grosso (73%), Pará (25%), Roraima (1%) e Rondônia (1%).

Somente neste, o governo de Mato Grosso promete investir R$ 22 milhões para o combate ao desmatamento, exploração florestal ilegais e os incêndios florestais.

Recursos

Os recursos são oriundos de recursos próprios e do programa REM Mato Grosso (REDD+ para Pioneiros). “Este é o maior investimento já feito nos últimos dez anos para repressão dos crimes contra flora e combate aos incêndios florestais.

Todos os órgãos envolvidos em ações da defesa do meio ambiente estão indo a campo com a orientação de tolerância zero às infrações”, disse recentemente o secretário adjunto Executivo da Secretaria de Meio Ambiente (Sema), Alex Marega.

Além disso, o Governo Federal prorrogou a atuação da Força Nacional na Amazônia visando fiscalizar e combater o desmatamento e crimes ambientais.

A decisão, assinada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) do último dia 13.

A ação na região foi autorizada até 6 de novembro deste ano, que pode ser prorrogado.

As Forças Armadas são formadas pela Marinha, Exército e Aeronáutica e são utilizadas para garantir a segurança nacional, enquanto a Força Nacional é uma tropa que costuma atuar em situações de emergência e calamidade pública.

(*) Com informações da Sema MT

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