Com informações do Estadão Conteúdo
BRASÍLIA – Um acordo entre o MDB e o PSD pode dar a presidência da CPI da Covid para o senador Omar Aziz (PSD-AM) e a relatoria da comissão a Renan Calheiros (MDB-AL), líder da Maioria e ex-presidente do Senado. Além do MDB, o PSD é o único partido com dois titulares no colegiado. A ideia é que haja um entendimento para que Aziz seja escolhido presidente da CPI e Randolfe Rodrigues (Rede-AP), autor do requerimento de instalação da comissão, fique com a vice-presidência.
O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), até então o mais cotado para presidir a CPI, avisou a aliados que não entrará em disputa e só vai apresentar o nome caso haja consenso. A relatoria de uma CPI, por sua vez, é responsável por consolidar em um parecer a conclusão dos trabalhos da comissão. O titular desse cargo é definido pelo presidente da CPI, que tem a tarefa de coordenar as reuniões.
“Eu topo qualquer serviço: presidente, vice-presidente, relator, membro, o que tiver de serviço para mim. O fundamental é a CPI funcionar e dar certo”, disse o senador Randolfe, líder da oposição. Dirigentes do MDB confirmaram ao Estadão que se comprometeram a fazer articulações para que Randolfe fique na vice-presidência da CPI ou, dependendo do acordo, até mesmo no comando do colegiado.
Embora o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), tenha determinado a abertura da CPI e dado aos líderes dos partidos um prazo de dez dias para a indicação dos integrantes da comissão, o início dos trabalhos dependerá do procedimento a ser adotado pelos parlamentares.
O Palácio do Planalto tenta adiar o funcionamento da CPI, sob o argumento de que é impraticável fazer sessões por videoconferência. A volta de sessões presenciais, no entanto, não tem data para ocorrer por causa do agravamento da pandemia.
Dentro da comissão, os senadores mais alinhados ao governo são Ciro Nogueira (Progressistas-PI), Marcos Rogério (DEM-RR), Eduardo Girão (Podemos-CE) e Jorginho Mello (PL-SC), número insuficiente para fazer maioria em um colegiado de 11.
Um grupo de sete senadores – Renan Calheiros (MDB-AL), Eduardo Braga (MDB-AM), Omar Aziz (PSD-AM), Otto Alencar (PSD-BA), Tasso Jereissati (PSDB-CE), Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Humberto Costa (PT-PE) – deve agir com uma posição unificada na eleição para os postos-chave da CPI.
Dentro da comissão, os senadores mais alinhados ao governo são Ciro Nogueira (Progressistas-PI), Marcos Rogério (DEM-RR), Eduardo Girão (Podemos-CE) e Jorginho Mello (PL-SC), número insuficiente para fazer maioria em um colegiado de 11.