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Médica picada por cobra usa redes sociais para contar história de sobrevivência, após contrair Covid-19
As lesões provocadas pelo ataque da jararaca mostram a potência do veneno quando inoculado no corpo da vítima (Reprodução/Internet)
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15 de setembro de 2020
Mencius Melo – Da Revista Cenarium
MANAUS – O inusitado caso da médica Dieynne Saugo, que foi picada por uma jararaca enquanto se banhava na cachoeira perto da cidade de Nobres, a 151 quilômetros de Cuiabá, no Mato Grosso, continua rendendo. Depois de ter suportado três horas de dor até chegar em um hospital em Cuiabá, passar pela internação em UTI, a médica também foi diagnosticada com a Covid-19.
Segundo o portal Metro Jornal, a médica usou as redes sociais para narrar o drama que viveu. No Instagram, ela postou texto em que se autoentrevista contando o exato momento do acidente com a cobra, além de vídeos e fotos do estado de saúde em que se encontra.
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“Eu estava atrás da cachoeira, encostada numa pedra. Senti uma picada na região da mandíbula e vi um pedaço da cobra entrando no meu colete, puxei rapidamente com a mão esquerda, onde levei mais duas picadas”, relatou Dieynne.
Os momentos que se seguiram, segundo a narrativa de Dieynne, foram dramáticos. “Imediatamente minha mão começou a inchar e meu braço ficou pesado. Eu chorava de dor!”, contou ela.
Luta contra o tempo
Após o ataque, a médica relata a corrida contra o tempo, para chegar a uma unidade médica. “Desci de tirolesa e fiquei aguardando o carro para me levar para o hotel para buscar minhas coisas. Fiquei aguardando no carro enquanto meu namorado e o casal de amigos organizavam as coisas. Coloquei gelo na mão e partimos para Cuiabá”, descreveu.
Na sequência ela continuou o relato. “Demorei em média três horas! Fui direto para o Pronto-Socorro de Cuiabá, onde fui medicada e recebi o soro botrópico”, explicou. De acordo com ela, o esforço psicológico foi fundamental para não entrar em pânico. “Segui controlando minha mente! Pensando que tudo estava sob controle e Deus estava cuidando de tudo”, afirmou.
Ao todo foram quatro dias na UTI em Cuiabá, seis dias na UTI em São Paulo. Depois semi-intensivo, mas foi na chegada a São Paulo para onde foi transferida que veio mais uma má notícia. “É protocolo do hospital Albert Einstein realizar o teste. Testei positivo e logo fui encaminhada pra UTI do povo com covid-19”, detalhou.
Dieynne Saugo segue em tratamento, mas, segundo ela mesma, já fora de perigo. No texto do Instagram ela conta que depois de tudo o que viveu, veio a lição mais forte de toda a experiência após o contato com a jararaca. “A vida é trem bala parceiro e a gente é só passageiro prestes a partir…”, finalizou.
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