Melanoma: veja sinais de alerta do câncer de pele mais agressivo

Paciente tem pintas na pele avaliadas por médico (Divulgação)
Da Cenarium*

MANAUS (AM) – O câncer de pele é o tumor mais incidente entre os brasileiros e o tipo melanoma é o menos comum, representando aproximadamente 3% das neoplasias. No entanto, é agressivo e potencialmente mortal, exigindo diagnóstico e tratamento precoces.

Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) mostram que em 2024 devem ser registrados quase nove mil casos da doença no Brasil, sendo mais comum em pessoas de pele clara expostas a raios solares UV. De acordo com o oncologista da Oncoclínicas Manaus, William Fuzita, o melanoma é mais frequente em pessoas com idade acima de 50 anos, mas também pode ocorrer em indivíduos mais jovens.

“Aqui no Brasil, apesar de estarmos no hemisfério Sul e ainda no início do inverno, estamos em uma área tropical e a incidência dos raios solares nos atinge o ano inteiro, sendo de suma importância o uso de protetor solar para protegermos a nossa pele. O raio ultravioleta é o maior fator de risco para o desenvolvimento do câncer de pele. Com o avanço da medicina e o acesso a tratamentos mais modernos as chances de cura desse tumor têm aumentado consideravelmente”, afirma.

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Pessoa passando por exames de pele (Divulgação)

Apesar de uma grande parcela da população acreditar que sabe lidar com o sol, campanhas de conscientização, como o Junho Preto, são fundamentais. “As ações servem para alertar a sociedade sobre a importância dos cuidados com a pele. Usar protetor solar corretamente é fundamental. A reaplicação deve ser feita a cada três horas de exposição ao sol. Temos que abusar também dos protetores físicos como chapéu, boné, óculos escuros e camisas de mangas compridas com fatores de proteção. Na região Norte do Brasil o cuidado deve ser redobrado, principalmente às pessoas de pele branca, pois a incidência dos raios ultravioletas é maior, pois estamos mais próximos da linha do Equador e, portanto, muito mais próximos do sol”, alerta William Fuzita.

Sinais de alerta

O câncer de pele do tipo melanoma costuma se manifestar através de pintas escuras que apresentam modificações ao longo do tempo. Esse tipo de tumor também pode aparecer na pele ou mucosas, na forma de manchas, ou sinais. Pessoas com histórico familiar de melanoma e/ou que tenham um volume maior que 50 pintas pelo corpo também devem ficar atentas aos riscos de desenvolver a doença.

A importância do autoexame

Mesmo com os avanços da ciência que garantem qualidade de vida aos pacientes com câncer de pele, o oncologista afirma que a melhor forma de combater o tumor é fazer a análise para a identificação de possíveis sinais de alerta. Cerca de 72% das neoplasias são diagnosticadas pelo próprio cônjuge ou pela família. A regra do ABCDE é muito simples e pode salvar vidas.

Conheça a regra do ABCDE

A – Assimetria
Um lado da pinta não é igual ao outro.

B – Bordas irregulares
A pinta possui contorno irregular

C – Cor: múltiplas cores
Pinta com mais de duas cores

D – Diâmetro
Pinta com mais de 6 mm de diâmetro

E – Evolução

Avanços no tratamento

O médico explica que quando o melanoma ou os carcinomas são diagnosticados em fase inicial, o tratamento cirúrgico é o mais adequado. Em fase avançada, com a presença de metástase, os tumores devem ser tratados com terapias adjuvantes. William Fuzita ressalta que pesquisas incessantes e investimentos em novas tecnologias têm proporcionado desdobramentos promissores no combate à doença.

“As pesquisas contra o melanoma tem avançado muito e cada vez mais é possível a cura de pacientes. Hoje temos à disposição terapias alvo moleculares para os tumores com mutações no gene BRAF e a imunoterapia que ensina as células de defesa do nosso corpo a combater as células malignas desse câncer. Todo esse arsenal aumenta a sobrevida global”, finaliza o oncologista da Oncoclínicas Manaus.

Leia mais: Pesquisadores querem saber por que mortalidade por câncer é maior entre mulheres negras
(*) Com informações da assessoria
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