‘Memória de Marielle é política’, diz Monica Benício após RJ vetar projeto

O projeto previa a inclusão do Dia da Visibilidade Lésbica no calendário oficial da cidade do Rio de Janeiro (Reprodução/TV Globo)
Com informações do Site UOL

RIO DE JANEIRO – Recheado de falas lesbofóbicas e com um debate classificado como “animado” por Monica Benício (PSOL-RJ), o PL 8/2021 foi rejeitado com 22 votos contrários e 20 favoráveis, nesta sexta-feira, 24, na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro.

De autoria da vereadora do PSOL, viúva de Marielle Franco, o projeto previa a inclusão do Dia da Visibilidade Lésbica no calendário oficial da cidade do Rio de Janeiro. Agora, o projeto é arquivado e só poderá ser votado novamente depois de um ano.

“Nós lésbicas não somos invisíveis, mas invisibilizadas pelo Estado que não pensa em políticas públicas. É um PL importante porque confere visibilidade e cidadania para pleitear direitos,” comenta Mônica.

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Para Monica, a grande importância do PL seria a reivindicação por cidadania. Além disso, destaca, a Câmara não costuma criar problemas para a inserção de dias comemorativos no calendário. Mas, desta vez, se mostrou bastante lesbofófica, conservadora e fundamentalista.

Ela também rechaçou o argumento utilizado por muitos vereadores de que já existiria “muita visibilidade” para a população LGBTQIA+. “Não há no calendário da cidade nenhuma data LGBT e esse argumento é falacioso e sem respaldo. A primeira ação da nossa mandata foi protocolar essa representação pela memória da Marielle,” diz Mônica que completa.

“A memória da Marielle é política e pessoal, porque foi o único projeto dela que foi reprovado. E apenas por dois votos, assim como aconteceu ontem”.

Além da importância no âmbito da reivindicação de direitos, Monica também apontou que a votação do PL 8/2021 possuía a importância de manter vivos a luta e o legado de Marielle Franco, uma espécie de homenagem. Originalmente, Marielle apresentou o mesmo PL 82/2017 pouco antes de ser assassinada.

Muito emocionada, Monica também relembrou que seu companheirismo com Marielle se dava não apenas no campo afetivo, mas também político. Ambas viam a política como uma ferramenta para tornar a sociedade mais justa e igualitária, fazendo do mundo um lugar melhor. Com exclusividade, Monica relatou à Universa a reação de Marielle ao ter o PL rejeitado quatro anos atrás. Leia a matéria completa no Site UOL.

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