Menina de 6 anos morre após ser agredida por mãe e madrasta em Porto Real, no Rio de Janeiro

De acordo com o boletim médico do hospital particular onde estava internada, a criança sofreu uma parada cardiorrespiratória por volta das 3h30 e não resistiu (Reprodução/Internet)

Com informações do O Globo

RIO DE JANEIRO – Ketelen Vitória Oliveira da Rocha, a menina de 6 anos que foi agredida e torturada pela mãe e a madrasta em Porto Real, no Sul Fluminense, morreu na madrugada deste sábado. De acordo com o boletim médico do hospital particular onde estava internada, a criança sofreu uma parada cardiorrespiratória por volta das 3h30 e não resistiu.

Ainda segundo o boletim, Ketelin chegou na unidade de saúde, transferida do Hospital Municipal São Francisco de Assis, na última segunda-feira, com quadro de politraumatismo e coma arreflexo, apresentando múltiplas lesões corporais agudas e crônicas. Nas últimas 24 horas, o estado da menina se agravou, com ”deterioração das funções vitais”.

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No início da semana, Ketelen foi levada para o Hospital Municipal São Francisco de Assis após ser espancada pela madrasta, Brena Luane Barbosa Nunes, de 25 anos, e a mãe da menina, Gilmara Oliveira de Farias, de 27 anos. Segundo informações, as agressões começaram na sexta-feira, 16, e se estenderam até segunda-feira. Elas moravam no bairro de Jardim das Acácias, em Porto Real.

“Ketelen era uma criança boa, respeitadora… Seis aninhos. Uma criança muito amável que me chamava de tia. Ela (Gilmara) só deixava a criança dentro do quarto. Ela e a Ketelen estavam aqui a passeio. Eu falei para ela não trazer porque a Brena não gosta de criança, nunca gostou”, conta a mãe de Brena, madrasta de Ketelen, que mora na mesma casa que a filha e presenciou as torturas sofridas pela menina.

Segundo ela, os espancamentos começaram na sexta-feira, 16, e só acabaram na noite de domingo, 18. A mãe de Brena não conseguiu chamar socorro antes por medo da filha, que a ameaçava e a agredia. Segundo ela, Brena sempre teve um comportamento agressivo com namoradas e familiares. Esta, entretanto, é a primeira vez que vê um caso de agressão a uma criança.

“Essa é a primeira vez que ela faz isso (bate em uma criança). Ela sempre teve esse comportamento agressivo. O relacionamento dela com a Gilmara era marcado por brigas. Antes dela, Brena namorou outra mulher, e era assim também”, afirmou.

Uma vizinha de Brena reforça o comportamento violento da mulher, relatando agressões à própria mãe e à avó, de 86 anos. “A própria mãe dela foi na minha casa duas vezes pedir socorro porque tinha sido agredida pela filha. Brena jogou uma televisão na cabeça da própria mãe. Ela estava em perigo na mão da própria filha, e eu a socorri. Isso aconteceu duas vezes. A mãe chamou a polícia, mas nada aconteceu. Brena bateu até na própria avó, de 86 anos. Elas também são vítimas porque, pelo que eu conheci da Brena, ela era um monstro. Era para estar presa há muito tempo”, afirma Roberta Rodrigues de Oliveira, de 46 anos.

A mãe de Brena, porém, afirma que as agressões a Ketelen aconteciam em conjunto, muitas vezes comandadas por Gilmara. “As duas são culpadas (pela morte). Tanto a mãe quanto a madrasta. Não estou culpando uma só e deixando a outra livre, não. Gilmara que mandava a Brena bater na menina, ou então as duas batiam”, conta a mãe de Brena, contando ainda que a menina era deixada trancada em um quarto sem comer: “A Gilmara deixou a menina sem comer. Eu dava comida para menina escondido. Dava café, fazia pipoca, comprava guaraná”, disse.

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