Mercado imobiliário luta para continuar crescendo em 2021

As informações fazem parte da pesquisa realizada pela Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Amazonas (Ademi-AM) (Reprodução)

Com informações da assessoria

MANAUS – Os bons resultados alcançados pela indústria imobiliária no Estado do Amazonas no segundo semestre de 2020 não se mantiveram no 1º trimestre deste ano. De janeiro a março de 2021, o mercado alcançou R$ 162 milhões em vendas. Comparando o primeiro trimestre de 2021 com o mesmo período de 2020, houve uma queda de -15% nas unidades vendidas. Embora tenha ficado abaixo das projeções, o resultado ficou superior à média nacional. As informações fazem parte da pesquisa realizada pela Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Amazonas (Ademi-AM).

Para o presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Amazonas (Ademi-AM), Albano Maximo, o resultado do trimestre não era esperado. “Assim como a segunda onda não era esperada, o resultado do trimestre mais baixo que no ano de 2020 também não. Nós tivemos nesse primeiro trimestre um faturamento pequeno em janeiro, fevereiro mais baixo ainda. Em compensação, em março esse valor dobrou, ou seja, se compararmos os valores de venda deste ano com o ano passado nós vamos ter uma diminuição substancial. Em número de unidades foram 15% a menos, e em valores foram um pouco mais 20%”, ressaltou.

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Albano Maximo ainda destaca que no segundo trimestre deve continuar com a mesma faixa de venda, e que a retomada do setor só deve acontecer a partir do segundo semestre deste ano. “Ainda há muitos projetos em aprovação, os lançamentos ainda não começaram a acontecer e devem começar a partir de agora, e então a gente espera que tenha uma diferenciação real no segundo semestre” destacou.

Os bairros que representaram juntos 66,3% das unidades vendidas no primeiro trimestre de 2021, foram: Parque Mosaico (236), Colônia Nova Terra (118), Jardim Manaus (98), Novo Israel (84), Ponta Negra (77) e Lírio do Vale (47).

Falta de previsibilidade

O mercado imobiliário do Amazonas encerrou 2020 com crescimento de 18% em vendas, equivalente a R$ 957 milhões, mesmo com a crise sanitária que afetou o mundo e o aumento dos insumos da construção civil. O crescimento de 18%, no entanto, não atingiu a projeção feita pela Ademi de um faturamento de R$ 1 bilhão, em média 23% se comparado ao ano de 2019 quando cresceu 35%. No cenário nacional, o número de imóveis novos vendidos subiu 9,8%.

O dirigente da Ademi ressalta existir dois cenários que impactam os lançamentos em Manaus: o primeiro é o aumento de preço dos insumos da construção civil; o segundo ponto é o problema com aprovação de projetos de licenciamento multifamiliar.

“Muitos incorporadores estão aguardando a estabilização do mercado para poder para formar preço e poder lançar e vender; agora sobre a falta de aprovação de projetos, estamos com um acúmulo para aprovação no meio ambiente  há praticamente 8 meses, muito pela mudança na gestão da prefeitura e pela restruturação da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas)”, destacou Máximo.

Expectativas e projeções

Ainda segunda projeção da Ademi, o primeiro semestre vai ser mais tímido, os indicativos que os primeiros meses do ano estão muito abaixo do que o mercado vinha faturando. Então o mercado este ano vai ficar no máximo, o que foi conquistado em 2020, ou seja, R$950 milhões em vendas de imóveis novos.

No cenário nacional da indústria da construção iniciou o ano com expectativa de crescer 4% em 2021, o que corresponderia à sua maior alta desde 2013. Com o cenário imposto pela falta de insumos, a estimativa do setor foi alterada para 2,5%.

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