MANAUS (AM) – O ex-comandante da 3ª Companhia de Forças Especiais do Comando Militar da Amazônia (CMA), em Manaus, tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, é um dos presos na “Operação Contragolpe“, deflagrada pela Polícia Federal (PF), por articular um plano que visava assassinar o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
A ação foi deflagrada na manhã desta terça-feira, 19. Além de Lima, foram presos outros militares e um policial federal, que tinha o objetivo de subverter a ordem democrática no País. Segundo informações da PF, o grupo, formado por militares especializados em Operações Especiais e conhecidos como “Kids Pretos”, criou um plano denominado “Punhal Verde e Amarelo”.
Os presos são:
- general de brigada Mario Fernandes (na reserva);
- tenente-coronel Hélio Ferreira Lima;
- major Rodrigo Bezerra Azevedo;
- major Rafael Martins de Oliveira; e o
- policial federal Wladimir Matos Soares.
O general da reserva Mario Fernandes atuou por um ano no gabinete de Eduardo Pazuello (PL-RJ), ex-ministro da Saúde do Governo Bolsonaro e eleito deputado federal em 2022. Ele foi demitido da função em março deste ano, após ser investigado no inquérito que apura o planejamento de um golpe de Estado para reverter o resultado das eleições de 2022.
O grupo planejava ações extremas, incluindo o assassinato das autoridades e a criação de um “Gabinete Institucional de Gestão de Crise” para justificar um golpe de Estado. Lima, que também era responsável pela segurança do País durante a cúpula do G20, no Rio de Janeiro, comandava o Comando Militar da Amazônia (CMA). Mesmo após ser destituído do cargo, em fevereiro de 2024, ele continuou à frente do grupo “Copa 2022“, núcleo central dos golpistas.
A Polícia Federal cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão em diversos Estados, incluindo o Amazonas, e revelou que Lima, além de coordenar as atividades estratégicas para o golpe, esteve diretamente envolvido na disseminação de desinformação e no financiamento de ações para incitar a adesão de militares ao movimento antidemocrático.
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