Ministério da Saúde admite que criança morreu após parada cardíaca e descarta reação à vacina

Com informações do Metrópoles

BRASÍLIA (DF) – Em nota, o Ministério da Saúde reafirmou, nessa sexta-feira, 21, que não há qualquer relação entre a aplicação da vacina e o caso da menina de 10 anos, moradora de Lençóis Paulista (SP), que sofreu uma parada cardíaca 12 horas depois de receber o imunizante pediátrico da Pfizer.

“O parecer conclusivo, já divulgado pelo Estado, foi que não existe relação causal entre a vacinação e o quadro clínico apresentado, portanto, o evento adverso pós-vacinação foi descartado”, ressalta o Ministério da Saúde, em nota. “A pasta destaca que a vacinação é segura e foi autorizada pela Anvisa.”

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O episódio mobilizou duas autoridades do Governo Bolsonaro: Marcelo Queiroga, titular da Saúde, e Damares Alves, ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos (MDH), visitaram a família da criança na quinta-feira, 20. Em relato feito no Twitter, porém, Damares omitiu a informação de que o Governo do Estado de São Paulo descartou qualquer relação entre o evento adverso e a doença.

A ministra mencionou que até mesmo o presidente Jair Bolsonaro entrou em contato, por telefone, com os familiares da criança. Damares disse também que o caso será acompanhado por equipe do MDH e da Saúde. Marcelo Queiroga chegou a republicar o relato, mas logo depois o desfez.

Veja nota na íntegra:

“O Ministério da Saúde foi notificado do caso e acompanhou a investigação conduzida pela Secretária de Saúde de São Paulo. O parecer conclusivo, já divulgado pelo Estado, foi que não existe relação causal entre a vacinação e o quadro clínico apresentado, portanto, o evento adverso pós-vacinação foi descartado.

A paciente tem uma pré-excitação no eletrocardiograma, característica da síndrome de Wolff-Parkinson-White (WPW). Esta é uma condição congênita que leva o coração a ter crises de taquicardia. A WPW é a mais comum causa de morte súbita por arritmia ventricular. A síndrome de Wolff-Parkinson-White, até então não diagnosticada e desconhecida pela família, levou a criança a ter uma crise de taquicardia, que resultou em instabilidade hemodinâmica.

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