Ministério da Saúde monitora casos de febre oropouche confundidos com dengue no Acre
28 de fevereiro de 2024
Mosquito do gênero Culicoides transmite a febre oropouche (Elena Goosen/istock)
Da Revista Cenarium*
BRASÍLIA (DF) – Uma equipe do Ministério da Saúde está no Acre nesta semana para revisar e monitorar casos de dengue. De acordo com a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, casos que haviam sido confirmados clinicamente e contabilizados como sendo de dengue, na verdade, são de febre oropouche. Em janeiro, o Acre declarou emergência em saúde pública por conta de uma explosão de casos de dengue.
A febre oropouche também é transmitida por mosquitos, sobretudo, pelo Culicoides paraensis e pelo Culex quinquefasciatus, conhecidos, popularmente, como maruim. Os sintomas, muito parecidos com os da dengue, duram entre dois e sete dias e incluem febre de início súbito, dor de cabeça intensa, dor nas costas e na lombar e dor articular. Também pode haver tosse, tontura, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos.
O vírus oropouche é transmitido pelo mosquito Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou borrachudo (Reprodução)
A orientação da Secretaria de Saúde do Acre é que a população tome medidas similares a de prevenção da dengue, como utilizar mosquiteiros; usar roupas compridas de forma que cubram braços e pernas; instalar telas em portas e janelas; usar repelente; e permitir que os agentes das prefeituras borrifem as casas com substâncias que inibem a proliferação e circulação de mosquitos.
“Cabe destacar que a febre do oropouche foi descrita pela primeira vez na década de 60, mas não há, até o momento, registros de mortes associadas à doença. Conforme o Ministério da Saúde, não existe tratamento específico, nem vacina para a febre do oropouche, portanto, pacientes infectados devem permanecer em repouso, com tratamento sintomático e acompanhamento médico”, destacou a secretaria em nota.
Dengue
No início de janeiro, o Acre declarou emergência em saúde pública em razão de uma explosão de casos de dengue. Dados do painel de monitoramento de arboviroses do Ministério da Saúde apontam 6.498 casos prováveis da doença e nenhuma morte confirmada. O índice de incidência da dengue no Estado é de 782 casos para cada grupo de 100 mil habitantes.
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