Ministério da Saúde vai diminuir intervalo entre doses da Pfizer de três meses para 21 dias


26 de julho de 2021
Ministério da Saúde vai diminuir intervalo entre doses da Pfizer de três meses para 21 dias
Ampola e seringa de vacina (Dado Ruvic/REUTERS)

Com informações do O Globo

BRASÍLIA – O Ministério da Saúde diminuirá para 21 dias o intervalo entre as duas doses da vacina Pfizer, o que pode conter a disseminação da variante Delta, considerada mais agressiva e transmissível. A confirmação foi dada pelo secretário-executivo da pasta, Rodrigo Cruz, em conversa com jornalistas na tarde desta segunda-feira. 

Detalhes, como a data, o cronograma de abastecimento e a forma como será feita a antecipação, ainda estão sendo avaliados junto ao laboratório, ao Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e ao Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). A decisão final deve ser anunciada ainda nesta semana.

“A gente precisa verificar o cenário de abastecimento, porque a Câmara Técnica já sinalizou que é interessante avançar a imunização em primeira dose e, só então, quando a gente tiver um cenário mais tranquilo de imunizados com a primeira dose, a gente reduz o prazo para completar a imunização”, afirmou Cruz.

O novo prazo obedece o que consta na bula da Pfizer. O intervalo adotado atualmente pelo governo é de três meses a fim de ampliar a imunização parcial da população. Contudo, a proteção contra a cepa Delta é baixa com uma única dose: 10%, segundo estudo do Instituto Pasteur, da França. A taxa sobe para 95% quando completado o esquema vacinal.

Distribuição de doses

Após o desabastecimento de vacinas no Rio, o ministério avalia ampliar a distribuição de doses de uma para duas vezes por semana. Um novo lote, que chegaria à capital fluminense na terça, foi adiantado para a noite desta segunda.

 “A gente está começando a estudar junto com o Departamento de Logística em Saúde (DLOG) a possibilidade, dado que o ritmo de vacinação está acelerado nos municípios, ao invés de fazer uma entrega semanal, fazer duas”, destacou.

Segundo Cruz, a previsão é encerrar julho com a distribuição de mais de 40 milhões de doses. Para agosto, seriam mais de 60 milhões. A pasta também negocia antecipar todo o contrato com o Instituto Butantan. O secretário não informou, contudo, quando essas doses de Coronavac poderiam ser entregues ao Programa Nacional de Imunizações (PNI).

Programa de testagem

Segundo o secretário, o ministério e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) estão firmando parceria para realizar um programa de testagem em massa. Ao todo, seriam de 10 a 12 milhões de exames por mês. Faltam detalhes a serem acertados e ainda não há data definida para entrar em vigor. O acordo pode ajudar a dimensionar a contaminação pela variante Delta no País.

“A testagem é uma estratégia essencial para a gente conter a circulação do vírus e, neste momento, quando há um certo arrefecimento da pandemia e uma tendência à liberação das atividades econômicas, a estratégia de testagem é fundamental para a gente conter o cenário pandêmico”, continuou o número 2 da Saúde.

Há exatos dois meses, o ministério anunciou o programa de testagem em massa — com até 26,6 milhões de testes rápidos por mês —, que nunca saiu do papel. A pasta justifica que ainda busca recursos extras junto à Economia.

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