Ministra da Saúde afirma que vacinação contra gripe no Norte do País começa neste mês


11 de março de 2023
Ministra da Saúde afirma que vacinação contra gripe no Norte do País começa neste mês
Profissional de saúde prepara dose de vacina contra gripe em Brasília - Pedro Ladeira - 23.mar.2020/Folhapress
Da Revista Cenarium*

MANAUS – A ministra da Saúde, Nísia Trindade, disse que antecipará a vacinação contra gripe em estados da região Norte do país. O anúncio foi feito nesta sexta-feira, 11, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na capital paulista.

No local, ela também abordou a negociação do estabelecimento do Complexo econômico-industrial da saúde (Ceis) e apresentou desafios do Sistema Único de Saúde (SUS).

Ela listou a baixa cobertura vacinal, o aumento de mortalidade materna e a estagnação do programa Farmácia Popular como algumas das adversidades.

Profissional de saúde prepara dose de vacina contra gripe em Brasília – Pedro Ladeira – 23.mar.2020/Folhapress

O início da campanha no país contra gripe está previsto para abril, mas na próxima semana a região Norte receberá remessas da vacina para que possa aplicar as doses já neste mês, um pedido antigo dos profissionais de saúde e dos gestores locais.

Nísia também afirmou que estão sendo finalizados os estudos sobre o impacto do piso da enfermagem e que o Ministério da Saúde tem acompanhado a publicação de estudos científicos sobre o uso medicinal da Cannabis, mas qualquer aprovação de nova medicação para o SUS precisa passar por um trâmite.

“O que eu posso dizer é que não há nenhum tipo de preconceito, de veto ou de restrição a todos aqueles medicamentos, inclusive com base na Cannabis, que sejam úteis para população e que vão seguir o rito científico e técnico formal”, complementou o secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde, Carlos Gadelha.

Quanto ao Ceis, Nísia lembrou que a iniciativa foi apresentada no passado, quando Alexandre Padilha era ministro da Saúde, porém não chegou a ser implantada e continua necessária.

Segundo a ministra, o país gastou US$ 20,5 bilhões em importações na área da saúde em 2021, com uma dependência de 90% no caso de IFAs, e o Ceis pode não apenas reduzir a vulnerabilidade em relação ao mercado externo mas também gerar 25 milhões de empregos diretos e indiretos.

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A ministra Nísia Trindade ao lado de Ruy Baumer (à esq.), vice-presidente da Fiesp, e do secretário Carlos Gadelha – Stefhanie Piovezan/Folhapress

Para tanto, Nísia apresentou à plateia, composta majoritariamente de representantes da indústria, propostas de diretrizes estratégicas. Entre as medidas estão: situar a saúde como uma das grandes prioridades da política de desenvolvimento sustentável; garantir estabilidade e transparência para o uso estratégico do poder de compra do Estado; apoio à produção local e à inovação.

“Falamos aqui da produção de vacinas e fármacos, mas também da área de equipamentos”, afirmou, ressaltando o alto potencial do setor para incentivar a economia e como porta de entrada do país na revolução tecnológica do Big Data, da nanotecnologia e da genômica.

“Temos base científica para isso e temos um sistema, o SUS, que pode ser direcionador desse processo”, complementou Nísia, que no discurso de posse no ministério afirmou desejar que pelo menos 70% das demandas do sistema público de saúde sejam atendidas pela indústria nacional.

De acordo com a ministra, a ideia é estabelecer uma agenda de trabalho para que o ministério e a indústria possam desenhar as medidas necessárias. Entre as demandas dos diretores industriais estão, por exemplo, custos regulatórios diferenciados e revisão da tributação, que estaria favorecendo os produtos internacionais.

“Uma outra questão que nos preocupa muito são os impactos na saúde da reforma tributária. Sabemos e entendemos a necessidade de uma reforma tributária, mas estamos preocupados como o setor vai ser atingido”, afirmou Giovanni Cerri, presidente do Instituto Coalizão Saúde.

Os membros da indústria solicitaram ainda que o Ministério da Saúde coordene os diálogos com outras pastas envolvidas na temática, como a Fazenda e a Educação, e com as instâncias municipal e estadual do SUS.

(*) Com informações da Folhapress

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