Ministro afirma que houve falta de treinamento por parte de militares que agrediram jornalistas


02 de junho de 2023
Ministro afirma que houve falta de treinamento por parte de militares que agrediram jornalistas
O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Paulo Pimenta (Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)
Da Revista Cenarium*

BRASÍLIA – O ministro Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, afirmou nesta sexta-feira, 2, que houve falta de preparo e treinamento por parte dos militares que agrediram jornalistas durante entrevista com o ditador Nicolás Maduro, no Palácio do Itamaraty.

A confusão aconteceu na noite de terça-feira, 30. Maduro foi o último chefe estrangeiro a deixar o Itamaraty, onde ocorreu reunião de líderes sul-americanos, e parou para fazer declarações à imprensa quando dezenas de jornalistas se aproximaram para ouvi-lo. Ao deixar o local, ele seguiu respondendo a perguntas, momento em que as agressões começaram a ocorrer.

Pimenta disse que os agentes que atuavam naquele momento eram do Batalhão do Exército e que haviam sido requisitados pelo Ministério das Relações Exteriores.

“Eu conversei com o [ministro do Gabinete de Segurança Institucional] general Amaro e ele me disse que parte daqueles jovens que estavam lá trabalhando era de jovens do batalhão do Exército que o Itamaraty pediu que fossem trabalhar no apoio. E eu percebi que não houve, talvez, inclusive, um treinamento, preparação”, afirmou o ministro.

Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, após encontro promovido por Lula com presidentes da América do Sul (Ueslei Marcelino/30 mai.2023/Reuters)

O chefe da Secom acrescentou que pretende criar um ambiente para juntar agentes de segurança e jornalistas “não só para demonstrar nosso apreço pela imprensa”, mas para que eles passem a enxergar jornalistas como alguém que cumpre “papel fundamental para a democracia”.

Pelo menos três jornalistas relataram agressões. A repórter Delis Ortiz, da TV Globo, afirmou ter recebido um soco no peito. O repórter Sergio Roxo, de O Globo, foi arrastado pela roupa e depois imobilizado; e uma terceira profissional, Sofia Aguiar, da Agência Estado, disse ter sido empurrada por um segurança.

Assessores palacianos afirmam que já foi identificado o agente que deu o soco no peito de Delis Ortiz.

O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) instaurou na quarta-feira, 31, uma sindicância para apurar as agressões.

Leia também: Seguranças agridem jornalistas durante visita de Maduro a Brasília
(*) Com informações da Folhapress

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