Priscilla Peixoto – Da Revista Cenarium
MANAUS – Após o Ministério de Minas e Energia ter anunciado, por meio de nota, o fim da bandeira de escassez hídrica, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quinta-feira, 7, que a redução será de 18% na conta de luz. “A conta de luz cai 18% no mês que vem, sem canetada, sem botar em risco as empresas, ao contrário”, declarou o ministro da Economia.
Durante evento de lançamento de instrumentos de crédito do Banco do Brasil, Guedes declarou que a saúde das empresas do setor elétrico está recuperada e a retirada da bandeira de escassez hídrica considerou os níveis dos reservatórios sem precisar ser decidida com base em “canetadas”.
Em nota, o Ministério de Minas e Energia informou que as iniciativas tomadas pelo governo, junto às ocorrências de chuvas, possibilitaram redução das termelétricas ligadas, resultando no aumento da produção das hidrelétricas e das fontes eólica e solar.
“Os custos serão menores durante o próximo período seco, que vai de maio a novembro. Isso se traduzirá em menores tarifas para os consumidores. Com a redução de custos, o governo federal antecipou o fim da bandeira de escassez hídrica para 15 de abril. E mais, com a manutenção das atuais condições de chuva, a perspectiva é de bandeira verde até o final do ano”.
A medida tarifária passou a valer em setembro do ano passado, trazendo uma taxa de R$ 14,20 para cada 100 kilowatt-hora (KWh) consumidos. Segundo o Ministério, a taxa deixará de ser cobrada no dia 15 de abril.
Repercussão
O assunto também foi comentado na plataforma de mídias sociais Twitter pelo presidente Jair Bolsonaro. “Para garantir a segurança no fornecimento de energia elétrica, o País utilizou todos os recursos disponíveis e o governo federal teve que tomar medidas excepcionais. Com o esforço dos órgãos do setor, o País conseguiu superar esse desafio, os reservatórios estão muito mais cheios que no ano passado e o risco de falta de energia foi totalmente afastado”, comentou o presidente repostando trechos da nota divulgada pelo Ministério de Minas e Energia.
A bandeira de escassez elétrica foi anunciada, publicamente, dia 31 de agosto de 2021, pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Na ocasião, o governo federal declarou que a seca enfrentada seria a pior, em 91 anos, por isso, as hidrelétricas estariam operando no limite, tendo que optar para maior uso de usinas termoelétricas no País.
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