Ministro da Educação afirma que alunos com deficiência atrapalham aprendizado dos outros alunos

Ministro da Educação, Milton Ribeiro (Sérgio Lima/Poder360)

Com informações do Poder360

MANAUS – O ministro da Educação, Milton Ribeiro, disse em entrevista ao programa “Novo Sem Censura”, da TV Brasil, na segunda-feira, 9, que a inclusão de alunos com necessidades especiais “atrapalham” o aprendizado de outras crianças sem a mesma condição.

Milton Ribeiro falou sobre o “inclusivismo”, o qual definiu como quando uma criança com deficiência é incluída em uma sala de aula com educação regular, com alunos sem deficiência. Para ele, nessa situação, a criança “não aprendia” e “atrapalhava, entre aspas”, uma vez que “a professora não tinha equipe, não tinha conhecimento para dar a ela atenção especial”, disse.

PUBLICIDADE

Milton Ribeiro criticou antiga norma da Política Nacional de Educação Especial (PNEE) e defendeu criação de turmas e escolas especializadas, que atendam apenas estudantes com deficiência.

Em outubro de 2020, decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro determinou que o governo federal, Estados e municípios deverão oferecer “instituições de ensino planejadas para o atendimento educacional aos educandos da educação especial que não se beneficiam, em seu desenvolvimento, quando incluídos em escolas regulares inclusivas e que apresentam demanda por apoios múltiplos e contínuos”. O texto foi alvo que questionamento no Supremo Tribunal Federal (STF) , que suspendeu a nova política em dezembro de 2020.

“A questão da criança, da deficiência, que é uma das questões que passa pelo nosso ministério foi tratada. E eu acho também, por razões mais ideológicas do que técnicas, [que] ela foi rejeitada por um grupo que fez um pouco mais de barulho e o assunto foi levado ao STF. O assunto está lá para análise porque se julgou que a nossa lei era uma lei excludente.  Uma lei que não olhava com carinho para os deficientes e suas famílias, mas ao contrário”, disse, informando que pessoas de sua equipe têm deficiência.

“No passado, primeiro, não se falava em atenção ao deficiente. Simples assim. Eles fiquem aí e nós vamos viver a nossa vida aqui. Aí depois esse foi um programa que caiu para um outro extremo, o inclusivismo. O que é o inclusivismo? A criança com deficiência era colocada dentro de uma sala de alunos sem deficiência. Ela não aprendia. Ela atrapalhava, entre aspas, essa palavra falo com muito cuidado, ela atrapalhava o aprendizado dos outros porque a professora não tinha equipe, não tinha conhecimento para dar a ela atenção especial. E assim foi. Eu ouvi a pretensão dessa secretaria e faço alguma coisa diferente para a escola pública. Eu monto sala com recursos e deixo a opção de matrícula da criança com deficiência à família e aos pais. Tiro do governo e deixo com os pais”, declarou.

PUBLICIDADE

O que você achou deste conteúdo?

Compartilhe:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.