Ministro Nunes Marques aciona PGR contra professor por artigo com críticas ao STF


24 de julho de 2021
Ministro Nunes Marques aciona PGR contra professor por artigo com críticas ao STF
Ministro Nunes Marques (Fellipe Sampaio/Agência O Globo)

Com informações do O Globo

BRASÍLIA – O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Nunes Marques, acionou a Procuradoria-Geral da República (PGR) para apuração de supostos crimes contra a honra realizados pelo professor da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), Conrado Hübner Mendes, em artigo publicado pelo jornal Folha de S. Paulo.

A informação foi confirmada em nota pelo gabinete do ministro. O entendimento de Nunes Marques é que o professor utilizou adjetivos “inadmissíveis” e fez afirmações falsas, o que configurariam crimes de calúnia, difamação e injúria.

“O Ministro Nunes Marques considera que os direitos à liberdade de expressão e de imprensa livre são fundamentais para a manutenção do regime democrático, mas, como já decidiu o próprio Supremo Tribunal Federal em diversas ocasiões, o abuso desses direitos também deve gerar responsabilização”, diz a nota publicada pelo gabinete do ministro.

No ofício enviado ao Procurador Geral da República, Augusto Aras, no dia 14 de junho, o ministro argumenta que o artigo do professor lesiona a honra dele em função de suas atividades no STF.

No artigo em questão, publicado em 6 de abril, o professor critica a decisão monocrática do ministro de liberar a realização de cultos e missas no País um dia antes da Páscoa. Hübner Mendes disse que o episódio não se resumia a um “juiz mal-intencionado e chicaneiro que, num gesto calculado para consumar efeitos irreversíveis, driblou o plenário e encomendou milhares de mortes”.

O professor também afirmou no artigo que o ministro “sujou as mãos do STF na cadeia causal do morticínio”.

No mesmo texto, Hübner Mendes também criticou três outros ministros do tribunal, Luís Roberto Barroso por demorar a decidir sobre o dever do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, de abrir a CPI da Pandemia, a ministra Rosa Weber por não decidir sobre o decreto das armas e Gilmar Mendes, por também não decidir sobre “política de intimidação” com o uso da Lei de Segurança Nacional.

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