Ministro da Saúde anuncia vacina contra Covid-19 e Wilson Lima diz que AM já reservou seringas

Em rede nacional, ministro garante que campanha de vacinação em massa da população brasileira acontecerá ainda em janeiro (Reprodução/Internet)

Mencius Melo – Da Revista Cenarium

MANAUS – O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, fez um pronunciamento em rede nacional na noite desta quarta-feira, 6, para comunicar que o Brasil entrará em campanha de vacinação contra Covid-19 ainda em janeiro. Pazuello também informou que o país possui 60 milhões de seringas e agulhas no Estados e municípios, número suficiente para garantir o inicio do plano de vacinação.

Antes do pronunciamento do ministro, o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC) concedeu uma entrevista à Rede CNN Brasil e informou que o estado já tinha reserva de seringas para a aplicação das doses da vacina. Lima está em Brasília para pleitear prioridade na vacinação, uma vez que o Amazonas entrou na fase mais grave da pandemia. Leia mais aqui.

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No pronunciamento, Pazuello informou que outras fontes também fazem parte do plano de vacinação em massa da população brasileira. “Temos também a garantia da Organização Panamericana de Saúde (Opas) que receberemos mais 8 milhões de seringas e agulhas em fevereiro, além de outras 30 milhões já requisitas à Associação dos Produtores de Seringa (Apin)”, disse.

A norma do Ministério da Saúde (MS) também prevê a execução do plano de vacinação no Brasil e para isso, o país conta com 354 milhões de doses de vacinas asseguradas. De acordo com Eduardo Pazuello, as tratativas com laboratórios nacionais e estrangeiros estão avançadas e somente com o Pfizer existem entraves que “estão em debate por se tratar de ajustes jurídicos”.

Imposições

Ainda sobre a Pfizer, o ministro destacou os esforços para resolver as “imposições que não encontram amparo na legislação brasileira”, como a isenção de responsabilização civil por efeitos colaterais da vacinação e a criação de um fundo caução para custear possíveis ações judiciais. O ministro complementou que em breve o Brasil será exportador de vacinas para a região.

“Temos 354 milhões de doses de vacinas asseguradas, sendo 254 milhões de doses pela Fiocruz em parceria com AstraZeneca. Além de 100 milhões de doses pelo Instituto Butantã em parceria com Sinovac. Estamos em processo de negociação com os laboratórios Gamaleya, da Rússia, Jasem, Pfizer e Moderna dos Estados Unidos e Baract biotech da Índia”, relatou o ministro.

Pazuello destacou também que o Brasil está preparado logisticamente para a operação de vacinação em massa da população brasileira. “Hoje, o Ministério da Saúde está preparado e estruturado em termos financeiros, organizacionais e logísticos para executar o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19”, observou.

Medida Provisória

Muito esperada por boa parte da população brasileira, a decisão de agir em direção a uma campanha de vacinação em massa foi assinada pelo presidente Jair Bolsonaro. A medida provisória citada por Eduardo Pazuello prevê que o Ministério da Saúde será o responsável por coordenar a execução do Plano Nacional de Operacionalização de Vacinação contra a Covid-19.

A norma também prevê a contratação de vacinas e de insumos, antes do registro sanitário ou da autorização temporária de uso emergencial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o treinamento de profissionais para imunizar a população. “Asseguro que todos os estados e municípios receberão a vacina de forma simultânea, igualitária e proporcional a sua população”, destacou ao reafirmar que a vacina será gratuita e não obrigatória.

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