‘Monkeypox’: Vigilância Sanitária no AM recomenda precauções sobre varíola dos macacos no Estado

O vírus é transmitido aos seres humanos a partir de animais, com sintomas semelhantes apresentados por pacientes com varíola. (Berkay Ataseven/ iStock)
Marcela Leiros — Da Revista Cenarium

MANAUS — A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) orientou, nessa sexta-feira, 10, as precauções e o controle que devem ser tomados referentes à Monkeypox, conhecida popularmente como varíola dos macacos. O vírus é transmitido aos seres humanos a partir de animais, com sintomas semelhantes apresentados por pacientes com varíola, mas com menor gravidade. Um caso já foi confirmado no Brasil.

O documento lembra que nenhum caso foi registrado no Amazonas ainda, mas é necessário que a rede de saúde tanto estadual quanto municipal esteja pronta para o caso de novos registros.

“É importante que os profissionais da Saúde do Estado estejam preparados para o monitoramento da doença, antes que chegue ao Amazonas, e estejam com as devidas orientações sobre como proceder na vigilância laboratorial, prevenção e controle da doença, mesmo que o Amazonas não tenha casos confirmados”, explica a diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim.

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O infectologista Nelson Barbosa acrescenta que é necessário criar uma barreira sanitária para prevenir, ou controlar, a chegada da doença viral ao Estado.

“Já tem mais de mil casos em todo o mundo, já chegou um caso no Brasil, no Estado de São Paulo, mas nós já temos registros no entorno do Brasil, tipo Argentina e Bolívia. Se ela pode chegar aqui ao Amazonas? Pode, mas a vigilância sanitária pode impedir isso se aumentar as barreiras sanitárias. Mas chegando, nós temos como bloquear esse caso, porque você pode isolar o paciente e monitorar os contratantes, isso é o mais importante”, diz ele.

Varíola dos macacos

Os sintomas incluem as vesículas, bolhas que se disseminam pelo corpo, nas regiões da face, tórax anterior, tórax posterior, membros superiores e inferiores, seguido de febre alta, dor no corpo, dor nas juntas, abdominal, náuseas e vômitos. “Mas o sinal mais característico é o aparecimento das bolhas, das vesículas. E quando essas vesículas estouram, elas eliminam uma grande quantidade de vírus”, explica ainda Barbosa.

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Segundo a FVS-RCP, o período de incubação — tempo decorrido entre a exposição a um organismo patogênico e a manifestação da doença — é de seis a 16 dias, podendo se estender até 21 dias, quando se manifesta a febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, adenomegalia (quando as pequenas glândulas defensores do organismo aumentam de tamanho), calafrios e exaustão.

A transmissão entre humanos ocorre, principalmente, por meio de contato pessoal com secreções respiratórias, lesões de pele de pessoas infectadas ou objetos recentemente contaminados. “Ela [a doença] pode ser transmitida pelo ar, por gotículas da pessoa respirando, por isso que a máscara é importante, e pelo contato com objetos que essa pessoa doente teve, por exemplo, roupa de cama, corrimão de escada ou maçaneta. Por isso que é importante também a lavagem das mãos”, conclui Nelson Barbosa.

A varíola dos macacos, também conhecida como varíola símia, é uma doença causada pelo vírus Monkeypox (MPV), do gênero Orthopoxvirus e família Poxviridae. Na quinta-feira, 9, o Ministério da Saúde informou a notificação de 11 casos suspeitos da varíola dos macacos no Brasil.

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