Moro com Covid-19 e ala do PT ‘bombardeando’ Alckmin: alta temperatura na cena política

Geraldo Alckmin e Sergio Moro. (Divulgação)

Via Brasília – Da Revista Cenarium

Mais à esquerda

A Democracia Socialista (DS), uma das maiores correntes da esquerda petista, aprovou um texto no qual se coloca contra a escolha do ex-governador Geraldo Alckmin para vice de Lula. Segundo a DS, além de derrotar Bolsonaro, o PT precisa obter uma grande vitória eleitoral que possibilite enterrar o neoliberalismo, segundo a corrente, representada por Alckmin. A DS ataca a proposta de alguns economistas do partido, de adoção de um “âncora fiscal” a partir de uma matriz neoliberal de governança, propondo uma união entre a “Faria Lima e as ruas”.

Mais à direita

Uma linha mais à direita na condução da economia num eventual Governo Lula foi explicitada com mais nitidez em artigo do economista e ex-ministro da Fazenda do segundo Governo Dilma, Nelson Barbosa. “Ora, é necessário exatamente o contrário: para unir a maioria do Brasil e o ‘povo das ruas’ é necessário e incontornável impor uma derrota histórica e definitiva aos magnatas da Faria Lima. “Vai gravemente em um sentido semelhante à proposição de Alckmin como candidato a vice-presidente na chapa de Lula”, alfineta a DS.

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Agenda cancelada

Não foi desta vez que o pré-candidato Sergio Moro terá o esperado encontro com o também ex-ministro de Jair Bolsonaro, Henrique Mandetta (DEM). Moro teve de cancelar toda a sua agenda da próxima semana, porque testou positivo para Covid-19. Ele está sem sintomas e ficará isolado. Vale lembrar que ele já se reuniu com parlamentares e dirigentes do Podemos, além do ex-ministro do STF Joaquim Barbosa.

Mandetta vice

Fontes ouvidas pela Via Brasília garantem que o encontro poderá avançar na chapa com Mandetta como vice. O empecilho, por ora, seria o presidente do PSL, deputado Luciano Bivar, que quer ocupar essa vaga de vice. Como o DEM é menor e mais pobre que o PSL, há, ainda, a avaliação de alguns observadores da cena política, na fusão dos dois partidos, Mandetta poderia ser escanteado e sairia candidato a uma vaga no Congresso Nacional.

Chave do cofre a Ciro

Depois de meses acumulando derrotas no Senado, finalmente, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), marca um golaço e dribla ninguém menos do que o ex-todo-poderoso ministro da Economia, Paulo Guedes. Outrora o “Posto Ipiranga”, Guedes perdeu todo o controle do orçamento federal, entregue por Bolsonaro a Ciro, prócer maior do Centrão. Bolsonaro também já não manda. Quem dá as cartas é o grupo político, cuja única meta é gastar muito para reeleger um presidente “mala” como Bolsonaro. Vai sair caro!

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