Morre cantor paraense por complicações causadas por monkeypox


Por: Cenarium*

25 de abril de 2025
Morre cantor paraense por complicações causadas por monkeypox

MANAUS (AM) – O cantor de forró Gutto Xibatada, de 39 anos, morreu após complicações causadas por monkeypox (Mpox). A informação foi confirmada pela prefeitura de Belém, nesta sexta-feira, 25, após imagens do cantor com os braços feridos, por conta da doença, terem se espalhado nas redes sociais. Nas letras e no ritmo das canções, o Gutto gostava de enaltecer a cultura paraense.

O artista morreu na última terça-feira, 22 de abril, após passar por internação no Hospital Pronto Socorro Municipal Mário Pinotti, em Belém. A família do cantor afirmou que ele já enfrentava as complicações da doença há cerca de um mês. Em meio ao tratamento, Gutto viajou para os Estados Rio de Janeiro e Bahia. Após retornar a Belém, procurou atendimento médico, recebeu medicação e foi orientado a manter isolamento domiciliar.

Nas redes sociais, uma familiar de Gutto alegou que ele estava escondendo a doença de todos que o cercavam. As bolhas começaram a surgir de forma discreta. “As bolhas acabaram se espalhando e comprometendo a saúde, pois ele era asmático. A doença atacou os pulmões, e ele ficou sem fala, visão e toque. No último dia, estava muito mal, com o nariz obstruído e a boca, pois já não conseguia mais se alimentar”, relatou.

Cantor Gutto Xibatada tentou esconder a doença da família (Divulgação)

Gutto chegou ao hospital por volta das 9h30 do dia 22 de abril, após a família acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Ele foi encaminhado ao Centro de Tratamento Intensivo (CTI), onde morreu por volta das 17h.

No Brasil

O Ministério da Saúde confirmou o primeiro caso de infecção pela cepa 1b da mpox no Brasil, no início de março desse ano. Segundo a pasta, a paciente, uma mulher de 29 anos que mora na região metropolitana de São Paulo, teve contato com um familiar que esteve na República Democrática do Congo, país que enfrenta surto da doença.

Em nota, o ministério informou que o caso no Brasil foi confirmado laboratorialmente, por meio da realização de sequenciamento para caracterizar o agente infeccioso. O exame permitiu a obtenção do genoma completo que, segundo a pasta, é muito próximo aos de casos detectados em outros países.

“Até o presente momento, não foram identificados casos secundários. A equipe de vigilância municipal mantém o rastreamento de possíveis contatos”, destacou o comunicado.

Ainda de acordo com o ministério, a Organização Mundial da Saúde (OMS) já foi informado sobre o caso e a pasta, junto às secretarias estadual e municipal de Saúde, solicitou o reforço da rede de vigilância epidemiológica e o acompanhamento da busca ativa de pessoas que tiveram contato com a paciente.

Leia mais: Monkeypox: calendário de vacinação contra varíola dos macacos deve sair nesta semana
(*) Com informações da assessoria

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