Morte de Zezinho Corrêa, do hit ‘Tic Tic Tac’, é confirmada pela família: ‘O céu ganhou mais uma estrela’

O artista amazonense desbravou a Amazônia e carregou o legado da cultura popular.(Divulgação/Internet)

Gabriel Abreu – Da Revista Cenarium

MANAUS – “As barrancas de terras caídas” é mais que um verso de “Tic Tic Tac”, música que consagrou internacionalmente Zezinho Corrêa na banda Carrapicho. O artista amazonense, de 69 anos, faleceu neste sábado, 6, por conta de complicações da Covid-19. Zezinho Corrêa estava internado desde o dia 9 de janeiro quando foi diagnosticado com a doença.

A notícia da morte de Zezinho foi confirmada pela assessoria do cantor que estava internado há 27 dias no Hospital Prontocord/Samel. Na nota, a família  agradece imensamente o carinho e as orações que vinham recebendo dos fãs, familiares, amigos e admiradores do artista.

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Trajetória

José Maria Nunes Corrêa nasceu no município de Carauari, interior do Amazonas, numa comunidade chamada Imperatriz. O apelido Zezinho foi dado ainda na infância, pelos pais, Isaura e Ranulfo. A família mudou-se para Manaus quando Zezinho tinha apenas um ano de idade.

Ele, os pais e dois irmãos foram morar no bairro São Geraldo, e o pai montou um comércio que funcionava na casa onde viviam. Ser artista e ter uma escola de artes era um desejo que Zezinho nutria desde criança, mas o pai queria que ele estudasse medicina.

Acabou se formando em pedagogia e continuava querendo trabalhar no meio artístico, não como cantor, mas como ator. A influência para cantar veio da irmã, Fátima, que foi atriz e também cantava; de amigos que eram vocalistas de bandas; do pai, que tocava violão, e da mãe, que sempre cantava pela casa.

Sucesso

Na década de 1970, o incentivo definitivo para que Zezinho Corrêa se tornasse cantor veio durante os testes num curso de teatro para um personagem que cantava. A professora o incentivou a aprimorar a voz e foi o que ele fez.

Quando a banda Carrapicho conquistou sucesso internacional e nacional a partir de 1996 com a toada “Tic tic tac”, o grupo já era conhecido no Amazonas muitos anos antes e seu repertório também incluía forró. E antes de pensar em ser cantor e vocalista do grupo, Zezinho Corrêa trabalhou durante alguns anos como ator de teatro.

Homenagem

O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), lamentou a perda do artista e dos principais ícones do Amazonas. “Com a sua voz única e carisma sem igual, Zezinho Corrêa representou nossas raízes e cultura mundo afora. Que Deus o receba com glórias em sua morada e conforte os corações de familiares, amigos e fãs”, postou em redes socais o governador.

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