Mortes semanais por Covid-19 entre grávidas e mulheres no pós-parto triplica em 2021


13 de maio de 2021
Em apenas 16 semanas epidemiológicas, a média de mortes semanais chegou a 30,88, com 494 casos no total (Maria Isabel Oliveira/Agência O Globo)
Em apenas 16 semanas epidemiológicas, a média de mortes semanais chegou a 30,88, com 494 casos no total (Maria Isabel Oliveira/Agência O Globo)

Com informações do O Globo

RIO DE JANEIRO – Grávida de pouco mais de oito meses, a fluminense Fernanda Soares, de 33 anos, passou por momentos de tensão em janeiro, quando foi diagnosticada com a Covid-19 e precisou ser internada por graves complicações pulmonares.

O caso da advogada reflete um quadro preocupante da pandemia no Brasil, uma vez que a média semanal de mortes entre grávidas e puérperas (mulheres no período pós-parto) por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), relacionadas à doença, triplicou em 2021, se comparado à média semanal do ano anterior.

Em apenas 16 semanas epidemiológicas, a média de mortes semanais chegou a 30,88, com 494 casos no total. Já em 2020, essa média chegou a 10,16 óbitos por semana, indicando, portanto, um aumento de 204% entre um período e outro. No início de abril, a média era de 22,2 casos. Os dados são do Observatório Obstétrico Brasileiro Covid-19 (OOBr Covid-19), realizado pela Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).

“Tive muito medo de não poder pegar minha filha no colo um dia. Eu realmente acreditei que morreria naquele hospital. Foram momentos terríveis, para mim e para minha família. Não achei que fosse sair viva dessa experiência”, relata a advogada de Duque de Caxias (RJ), que ficou na UTI por 12 dias e está perto de dar à luz a primeira filha.

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