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MPF aciona Força Nacional e Polícia Federal para combater invasão de garimpeiros em Terra Indígena no Pará
Terra Indígena (TI) Xipaya está localizada no Sudeste do Pará, no município de Altamira, e possui uma extensão de 179 mil hectares. (Origens Brasil)
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15 de abril de 2022
Marcela Leiros – Da Revista Cenarium
MANAUS — O Ministério Público Federal do Pará (MPF-PA) informou, na manhã desta sexta-feira, 15, via o canal de comunicação do órgão no Twitter, que acionou órgãos de fiscalização e segurança como a Fundação Nacional do Índio (Funai), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Polícia Federal (PF), Polícia Militar (PM), Força Nacional e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) sobre a invasão de garimpeiros à Terra Indígena (TI) Xipaya, no Pará.
Segundo denunciou a cacica da Aldeia Karimã, Juma Xipaya, em um vídeo publicado no Instagram, a Terra Indígena foi invadida nessa quinta-feira, 14. Desesperada, Juma Xipaya fez um apelo às autoridades competentes para agirem no local antes de um conflito armado. Ainda segundo a liderança, os invasores estavam “destruindo o território”.
“Quando meu pai se aproximou para entender o que estava acontecendo, eles trataram meu pai com violência, e nesse exato momento pode acontecer um conflito armado na Terra Indígena e a gente não sabe o que fazer. Lideranças e guerreiros de outras aldeias estão descendo para tentar, com diálogo, pedir para eles saírem do nosso território, mas não sabemos como vai acontecer esse contato”, disse ela.
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A cacica disse ainda que o temor é que as lideranças e guerreiros fossem recebidos de forma violenta. Por isso, ela fez um apelo aos órgãos competentes. “Já fizemos contato com a Funai, com o MP. É agora, não é amanhã nem depois, é agora. Estão destruindo nosso território, estão com armas pesadas, e não sabemos os tipos de armas que eles têm”, enfatizou ainda.
Acesso à Terra Indígena
A TI fica localizada no Sudoeste do Pará. O acesso ao território só é possível via fluvial e aéreo. A CENARIUM tentou contato, via aplicativo de mensagem, para a cacica Juma Xipaya na manhã desta sexta-feira, 15, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria. A reportagem também questionou todos os órgãos citados pelo MPF, via e-mail, sobre quais providências estão sendo tomadas, mas também não obteve retorno.
Veja o vídeo:
Recesso dos órgãos competentes
A TI Xipaya tem cerca de 200 moradores em diversas aldeias espalhadas pelo território. Em nota, o Instituto Juma afirmou que os criminosos começaram a adentrar o Rio Iriri, às margens da TI, na tarde dessa quinta-feira, 14, com pelo menos uma grande balsa de garimpo ilegal. Ao avistarem os indígenas, os criminosos teriam os ameaçados com violência e “seguem avançando pelo território”.
“Criminosos utilizam-se do feriado da Páscoa para avançar com garimpo ilegal adentro de territórios indígenas no Médio Xingu. É notório que crimes como esse ocorram em períodos de recesso do Ministério Público Federal e da Funai”, disse a nota.
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