MPF em Mato Grosso investiga atuação do Incra em suposta invasão de assentamento


20 de fevereiro de 2024
MPF em Mato Grosso investiga atuação do Incra em suposta invasão de assentamento
Órgão instaurou inquérito para investigar caso (Reprodução/MPF-MT)
Davi Vittorazzi – Da Revista Cenarium

CUIABÁ (MT) – O Ministério Público Federal em Mato Grosso (MPF-MT) abriu um procedimento, na última semana, para investigar a atuação do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em um caso de suposta invasão de terras no assentamento PA Ema, no município de Alto Paraguai (a 200 quilômetros distante de Cuiabá).

A medida foi tomada pelo procurador da República, Matheus de Andrade Bueno, e foi publicada no dia 15 deste mês. A portaria aditada diz para “Apurar a atuação do Incra sobre supostas invasões a lotes no assentamento PA EMA, em Alto Paraguai-MT”.

Consta em dados da Receita Federal que o assentamento é composto por produtores de leite. O local tem cerca de 120 moradias e 400 pessoas.

O assentamento PA Ema, no município de Alto Paraguai, Mato Grosso (Reprodução)

A reportagem procurou o Incra para se manifestar sobre o procedimento, e o órgão, que é responsável por regularizar a situação dos assentados, informou que busca minimizar o número de ocupações irregulares em seus assentamentos, no entanto, encontra limitação devido à quantidade de servidores e de orçamento.

“Apesar disso, a superintendência regional do Incra-MT deve fazer a supervisão ocupacional do assentamento em questão, a fim de homologar os ocupantes regulares e retirar os irregulares, tão logo sejam descentralizados os recursos para essa finalidade”, finaliza a nota.

Conforme o Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat), o Estado possui 127 projetos de assentamento, com dados de até 2022. Destes, oito estão em Alto Paraguai.

Os assentamentos são áreas onde vivem pequenos agricultores, que recebem o lote do Incra, em que eles se comprometem a morar na parcela de terra e a explorá-la para seu sustento, utilizando mão de obra familiar.

Em tese, os agricultores devem receber créditos, assistência técnica, infraestrutura e outros benefícios de apoio ao desenvolvimento de suas famílias. Até conseguirem emitir um título de domínio da área, a propriedade pertence ao Incra.

Leia a portaria na íntegra:
Leia mais: Incra finaliza inclusão das terras indígenas do País no Sistema Nacional de Cadastro Rural
Revisado por Adriana Gonzaga

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