MPF expõe situação emergencial dos Yanomami no Amazonas


19 de junho de 2023
MPF expõe situação emergencial dos Yanomami no Amazonas
Território foi atingido por forte chuva (Reprodução/MPF)
Da Revista Cenarium*

MANAUS – Representantes do Ministério Público Federal (MPF), do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE), do Cartório Extrajudicial de Barcelos e de lideranças do povo Yanomami na região discutem nesta segunda-feira, 19, em Manaus, a situação precária do povo indígena Yanomami em Barcelos, cidade do interior do Amazonas, distante 400 km de Manaus.

Na ocasião, serão divulgadas ações do MPF e demais órgãos em decorrência da situação de grave violação de direitos humanos envolvendo os povos indígenas na região, incluindo crianças feridas. Na ação, o MPF solicita ao governo federal e a órgãos vinculados que adotem providências imediatas para proteger o povo indígena, bem como medidas para solução dos problemas enfrentados que perduram há mais de uma década.

Violação de direitos humanos 

Centenas de Yanomami estão em situação precária em Barcelos (AM) ou em deslocamento das aldeias para a cidade para resolver problemas burocráticos, como acesso a documentações e benefícios sociais e previdenciários. A situação foi agravada após tempestade ocorrida na última quarta-feira, 14, que atingiu o povo indígena acampado na beira do Rio Negro e em outros locais. A chuva forte destruiu bens e alimentos escassos, além de ferir crianças.

A situação caótica em todo o Estado do Amazonas é fruto do descaso do governo federal e da omissão dos governos estadual e municipais há mais de dez anos e atinge também outros povos e localidades do Amazonas (e da Amazônia), como os Madiha Kulina no Rio Juruá, os Hupdah, Yuhupdeh e Nadëb no Rio Negro, os Pirahã na calha do Rio Madeira, e outros no alto Rio Solimões.

Fotos e vídeos do pânico e dos momentos de terror enfrentados pelos Yanomami, incluindo crianças, durante a tempestade na quarta-feira, vivendo sob barracas precárias no centro urbano de Barcelos por dias, semanas ou até meses, foram encaminhadas ao MPF e às autoridades. A mesma situação se repete há anos nesta região e em outras do Amazonas e da Amazônia sem a adoção das medidas necessárias pelo poder público para cessar estas graves violações.

Veja vídeo:

(*) Com informações da assessoria

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