Mulher presa por morte de babá obrigava jovem a se prostituir, diz polícia do AM

29 de agosto de 2024
A patroa Camila Barros (a esq.) e a babá Geovana Martins (Composição: Weslley Santos/Revista Cenarium)
A patroa Camila Barros (a esq.) e a babá Geovana Martins (Composição: Weslley Santos/Revista Cenarium)

Ana Pastana – Da Cenarium

MANAUS (AM) – A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) confirmou nesta quinta-feira, 29, o envolvimento da patroa no assassinato da babá que foi encontra morta com sinais de tortura no bairro Tarumã, Zona Oeste de Manaus, no último dia 20. A polícia afirmou ainda que a patroa obrigava a babá a se prostituir.

A mulher, identificada como Camila Barros, é a principal suspeita de ter envolvimento na morte de Geovana Costa Martins, de 20 anos. De acordo com a delegada Marília Campello, adjunta da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), Camila explorava sexualmente Geovana, e a residência onde as duas moravam era uma casa de prostituição.

Ainda segundo a delegada, em coletiva de imprensa, a patroa não permitia que Geovana saísse da residência onde moravam, no bairro Petrópolis, Zona Sul da capital, nem que tivesse qualquer outro relacionamento. Quando a babá manifestava o desejo de ir embora, a patroa afirmava que Geovana estava devendo uma quantia em dinheiro, fazendo com que a babá permanecesse na casa. A delegada afirmou ainda que a foto em que a vítima aparece com hematomas foi tirada na residência de Camila.

Mãe da vítima teve acesso à foto que estavam armazenadas na nuvem (Reprodução)

Marília Campello informou ainda que no último dia 19 de agosto, Camila entrou em contato com a proprietária da casa onde morava informando que deseja entregar o imóvel porque tinha uma viagem marcada para a Europa. A polícia acredita que Geovana foi morta na noite deste dia e, por esse motivo, a Camila planejava fugir.

A mulher já tem passagens pela polícia por tráfico de drogas, quando tentou embarcar para a Europa, onde tem familiares, com uma quantia de entorpecentes. Segundo a polícia, Camila também ameaçava o ex-namorado de Geovana, quem acusou de ser o responsável pela morte da jovem. A patroa também intimidava a babá dizendo que era namorada de um traficante da região.

Procurado

A Polícia Civil divulgou a imagem de um segundo suspeito, que está sendo procurado. Eduardo Gomes da Silva, de acordo com a delegada, é filho da proprietária do imóvel onde Camila morava. Os dois teriam se conhecido na casa e iniciado um envolvimento amoroso.

(Divulgação/Polícia Civil)

O carro usado para deixar o corpo de Geovana no local onde foi encontrado também pertence a Eduardo e estava em posse de Camila. O veículo chegou a ser higienizado após deixar o corpo em uma região de mata.

A patroa Camila Barros (Reprodução/Redes sociais)
O caso

Geovana morava na casa de Camila, onde trabalhava como babá, no bairro Petrópolis, Zona Sul da capital amazonense. De acordo com Camila, a jovem teria saído de casa no domingo, 18, afirmando que iria para a casa da avó. Na quinta-feira, 22, Camila entrou em contato com a mãe para saber do paradeiro de Geovana.

O corpo foi encontrado em estado de decomposição, em uma área de mata, com sinais de tortura. Apenas na segunda-feira, 26, a família foi até o Instituto Médico Legal (IML) para fazer a identificação do corpo.

De acordo com o laudo preliminar, a causa da morte foi traumatismo craniano. Segundo a perícia, a morte aconteceu menos de 12 horas antes do corpo ser encontrado.

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