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‘Mulheres fora do processo sociopolítico não têm condições de igualdade e oportunidade’, diz Carmen Lucia em evento da OAB-AM
A ministra Carmen Lúcia defendeu que mulheres ocupem cada vez mais espaço na sociedade para que se destaquem (Reprodução/ Internet)
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04 de dezembro de 2020
Gabriel Abreu – Da Revista Cenarium
MANAUS – Em evento virtual promovido pela Ordem dos Advogados do Amazonas (OAB-AM), a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Carmen Lúcia, defendeu que homens e mulheres são todos iguais perante a lei sem distinção de qualquer natureza. A fala ocorreu durante o I Congresso Online da Jovem Advocacia Amazonense.
A programação, 100% online, foi transmitida pelo canal do YouTube da OAB Jovem e encerra nesta sexta-feira, 4, abordando temas variados e de grande relevância para a carreira jurídica, envolvendo a participação de 350 palestrantes, divididos em diversos painéis temáticos.
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A ministra Carmen Lúcia continuou a sua fala dizendo que a humanidade passa por transformação a todo o momento e que é necessário que as mulheres estejam com a formação devida para que continuem iguais aos dos homens.
“Estamos numa transformação muitíssimo rápida, radical no sentido de ser da raiz em que as pessoas que não aprendem, a aprender todos os dias ficam, portanto, fora do processo de participação política, econômica e social. Mulheres fora do processo sociopolítico não têm condições de igualdade e oportunidade. Nós já lhe damos com um preconceito enorme contra as mulheres, se as mulheres não se apresentarem com a formação devida iguais aos dos homens vai se continuar mantendo um quadro que não foi comum historicamente” explicou a ministra.
Em outro ponto, a ministra enfatizou que os direitos igualitários estão a segurados na Constituição Brasileira de 1988 em que homens e mulheres são iguais em seus direitos e obrigações.
“No caso especifico das mulheres, além de se ter este enunciado que vem desde o preâmbulo da constituição que estava organizado para formar uma sociedade igualitária e dignidade humana mais forte, mais importante, mais vigoroso da constituição de 1988. O artigo 5 do qual se tem o enunciado fundamental dos direitos e garantias fundamentais postos na constituição, o princípio da igualdade, todos são iguais perante a lei sem distinção de qualquer natureza e constituinte enfatizou a necessidade de considerar isso em relação a homens e mulheres no inciso 1 em que homens e mulheres são iguais em seus direitos e obrigações em termos dessa constituição.
A palestra também contou com a participação da vice-presidente da OAB-AM, Grace Benayon que durante a videoconferência enfatizou que a mulher no ambiente de trabalho faz refletir os inúmeros abusos e retrocessos que a mulher sofre ao longo dos anos. E ainda deixou claro que é a humanidade que precisa avançar.
“É inaceitável que mulheres precisem passar por constrangimento, por humilhação e por críticas. Precisamos refletir e mudar paradigmas e que ainda existem retrocessos e que ainda precisamos continuar lutando, ainda precisamos continuar lutando para que as mulheres continuem sendo tratadas de forma iguais nos ambientes de trabalho”, defendeu a vice-presidente da OAB do Amazonas.
Participaram também da mesa as advogadas Ana Paula Braga e Mariana Gonçalves.
Congresso
O evento contou com o apoio da OAB Nacional por meio do Conselho Federal da Ordem, da Escola Superior de Advocacia – ESA Nacional e também da Escola Superior de Advocacia do Amazonas – ESA Amazonas. Segundo o presidente da OAB-AM, Marco Aurélio Choy trata-se de um evento de grande importância para a advocacia jovem.
“Hoje nosso quadro de advogados e advogadas inscritas na Ordem é muito jovem e os desafios são muitos, por isso estamos reunidos para debater os assuntos de interesse da classe e que refletem muito fortemente do cotidiano de todos nós, sobretudo com a pandemia da Covid-19 em que tivemos que nos reinventar, nos adequarmos a um novo normal e foi tudo muito rápido”, destacou o presidente da OAB-AM, Marco Choy.
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